Mirabela pode retomar produção de níquel neste ano

A Mirabela Mineração do Brasil, que controla a mina de níquel Santa Rita, em Itagibá pode voltar a produzir ainda este ano, disse Wesley Faustino, diretor Administrativo e Financeiro da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM), em entrevista a uma rádio em Ubatã (BA).

O diretor declarou que a suspensão da produção de concentrado de níquel sulfetado ocorreu em abril de 2016, sete anos depois que a mina foi inaugurada. “A crise no preço internacional da tonelada do níquel causou a suspensão”, afirmou Faustino.

Ontem o níquel foi cotado a US$ 13 mil a tonelada, no mercado à vista, na Bolsa de Metais de Londres (LME). Esse é o maior valor atingido por esse metal básico desde junho de 2015. A mineradora suspendeu a produção em junho de 2016, quando o metal estava cotado a cerca de US$ 9,1 mil a tonelada, logo depois da Mirabela Nickel, a controladora australiana, foi liquidada.

Os credores, em especial a Resource Capital Fund (RCF) que ficaram com os ativos da empresa, criaram uma companhia de participações no Canadá para reestruturar a mineradora. Segundo o website, da RCF, o fundo tem em seu portfólio 166 empresas do setor de mineração, incluindo a Ausenco e a Talon Metals, que tem ativos no Brasil.

De acordo com Faustino, em 2010, primeiro ano de produção, o preço estava em US$ 22 mil dólares a tonelada e, em abril de 2016, época da suspensão da produção, em torno de 9,6 mil dólares, uma queda de 56%. “Isto comprometeu o resultado econômico da operação”, diz ele, segundo a imprensa local.

Faustino afirma que a retomada da produção está condicionada à recuperação do preço internacional e da mudança dos acionistas principais da empresa americana. Faustino teria dito que “tudo dando certo, ainda no segundo semestre de 2018, a mina Santa Rita deve retomar a operação”. Em janeiro do ano passado, o diretor da Mirabela Mineração, Milson Mundim, afirmou que a mineradora poderia voltar à atividade em 2017. Com informações do NMB.

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