A atriz Natalie Smith é sucesso nas redes sociais por protagonizar as webséries de sucesso “Entre duas Linhas” e “A Melhor amiga da noiva”. Atualmente está gravando a série “The Stripper”, onde interpreta a personagem Camila. The Stripper é uma história criada por fã que retrata sobre o suposto relacionamento entre Camila e Lauren, da banda Fifth Harmony.
Na história fictícia, a personagem da atriz trabalha como secretária na empresa de Lauren, que é interpretada pela atriz Priscilla Pugliese. A noite a secretária ganha vida como Karla em uma boate de Stripper.
Além deste futuro trabalho, a atriz também está no elenco de uma peça e ela contou um pouco pra gente sobre a personagem e os desafios dos dois trabalhos.
Como surgiu a ideia de produzir The Stripper e qual a história da sua personagem?
The Stripper sempre foi a fanfic que eu mais lia nos comentários do youtube ou em qualquer rede social, e sabemos que quando alguém fala muito sobre determinado assunto, provavelmente é porque o produto é bom. Fui pesquisar e não foi um sucesso atoa. The Stripper é a maior fanfic, e a voz do povo, pra mim, sempre vai ser a voz que predomina. Quando o nosso público pediu The Stripper eu fui tentar entender porque pediam. Quando eu finalmente li a fanfic eu consegui compreender o por que do sucesso. Depois de muita conversa, entre eu, Priscilla e Rodrigo, nos convencemos de que realmente precisávamos fazer The Stripper acontecer. E eu já tinha o desejo muito grande de fazer o papel da Camila. Mas era um projeto diferente, precisávamos de um orçamento muito maior do que a quantia que utilizamos em “A Melhor Amiga da Noiva” ou para qualquer outra série já produzida no canal. Precisamos ter um cuidado. As pessoas são muito apegadas à fanfic, são extremamente fãs da história, então tivemos que ter um cuidado gigante, desde a adaptação, até agora na produção.
Como foi o processo de preparação para interpretar a personagem?
O meu processo começou com alguns coachs, com a ajuda de algumas pessoas que me prepararam bastante. Sem dúvidas é o meu maior desafio, porque além de todo o preparo psicológico por produzir uma fanfic tão desejada, tem o preparo físico, como o pole dance, devido a força que eu preciso ter durante a dança. A caracterização da personagem também é uma vertente. A Camila é completamente dócil, gentil, muito parecida com parte da minha personalidade, mas ainda precisei buscar o que tinha de Karla dentro de mim, que é o outro lado da personagem. Já gravamos cerca de 80% da Camila. Acredito que eu a tenha encontrado bastante. Meu processo como Camila está muito legal e como Karla será algo surpreendente e bem diferente do que eu já fiz.
Está sentindo alguma evolução com esses desafios?
A minha maior evolução foi a física. Tanto na transformação do meu corpo para a modificação do corpo de uma stripper, quanto na força que eu precisei adquirir para subir e descer no pole dance com mais facilidade. Além disso, toda a sensualidade que eu nunca tive mas agora estou realmente encontrando. Eu não sei se vocês vão aguentar essa minha sensualidade, gente (risos).
Vocês realizaram algumas convenções da série. Como foram? Os fãs podem esperar por outras?
Fizemos as convenções com o intuito de arrecadar dinheiro para a série e deu super certo. Fomos em Recife, Rio de Janeiro e São Paulo. Foi incrível. Pela primeira vez eu tive o contato com a Karla no palco, então foi completamente diferente porque no palco você está ao vivo, não pode errar muito, diferentemente do cinema, que a gente corta, faz outro take.
Então conta mais pra gente, como foi esse contato com a Karla e o lado sensual no palco?
Foi a primeira vez que coloquei uma roupa mais Karla, que coloquei a máscara e que interpretei ao lado da Lauren, que é interpretada pela Pri. Foi muito interessante e a aceitação do público me surpreendeu muito. Eu não sabia que eu estava preparada para fazer algo tão sensual no dia e a galera realmente curtiu muito. Muita gente falou sobre a diferença entre Karla e Camila. Eu não esperava a reação do público de tamanha aceitação. Agora estou na expectativa para retorno do público geral quando a série for lançada.
Além de The Stripper, você estará em cartaz com a peça “Hamlet”, obra de William Shakespeare, interpretando a personagem Ofélia. Como foi o convite para ingressar no elenco?
Surgiu no ínicio do ano, logo depois de todas as questões políticas que ocorreram no país, o diretor Alexandre Mello, decidiu produzir essa peça. Foi escrita pela Cecília Ripoll. É uma peça incrível, que aborda sobre política, fala sobre o que estamos vivendo hoje na cultura e na arte no Brasil, e o que nossa classe artística vem vivendo.
Como está sendo a sensação de interpretar a Ofélia, nada mais e nada menos que um personagem de William Shakespeare? E qual a história dela?
A Ofélia está sendo um presente e um novo desafio. Esse ano está sendo muito importante pra mim, exatamente por estar com desafio no cinema e no teatro. Tem sido dedicação total. Estamos ensaiando de segunda a sábado, todos os dias pela noite. Estréia dia 9 de maio, no Sesc Copacabana. Estou muito feliz com o convite e espero que vocês possam ir assistir, vai valer muito a pena. A peça está linda, muito bem escrita, muito bem dirigida. O Alexandre vai atuar, vai dirigir, e o elenco está impecável.
Fala um pouquinho sobre a sua personagem pra gente.
A minha personagem se mistura com a Ofélia de Shakespeare, com uma Ofélia da atualidade, como se estivesse vivendo os dias de hoje. Ela possui esse paralelo com Shakespeare e Cecília, a roteirista. E assim como a Ofélia, a minha personagem tem um surto, porém pela falta do celular. Durante a peça o Oscar, que é o diretor, propõe que todos os atores e equipe fiquem sem os celulares durante aquela noite. A personagem acaba surtando por estar sem as mídias sociais, pois ela trabalha com isso. Ela é uma personagem muito parecida comigo (risos). Tem sido uma honra fazer a Ofélia. É muito interessante viver a personagem em um mundo contemporâneo. Ela tem um certo envolvimento com alguns dos outros personagens e isso também é um motivo para os surtos.
Quais são os projetos futuros?
No momento é dedicação total a The Stripper. Abri mão de alguns projetos para que eu possa ter todo o meu tempo para a série até que a gente consiga finalizar. Eu, Priscilla e Rodrigo entramos de cabeça na produção. É tudo exatamente do jeito que estamos pensando, exatamente o que queremos. Não pretendemos pecar em nada. Desde roteiro à edição. Então é um trabalho que levaremos provavelmente até o final do ano. Dependendo da aceitação do público, ainda pretendemos produzir uma segunda temporada. E a peça ficamos em cartaz durante esse ano. Talvez consigamos rodar por outros lugares do Rio de Janeiro, e se Deus quiser pelo Brasil, dependendo, claro, do sucesso. Além disso estou voltando com o Natiese Channel junto com a Pri. Talvez surjam outros projetos, mas até o momento são apenas esses, que já tomam praticamente todos os meus dias e todo o meu tempo. Trabalho para eles com muito amor e muita dedicação.
Você se tornou uma grande influenciadora e referência do mundo LGBTQ+. O quão importante você considera essa representatividade no conteúdo audiovisual?
A parte mais importante de levar toda essa representatividade é realmente fazer com que as pessoas entendam que o que acontece com elas, dentro delas e com os relacionamentos é algo natural. E mostrar que isso existe e pode, sim, ser bonito. É preciso que o público entenda que não há nada de errado na relação de duas pessoas do mesmo sexo. O amor que prevalece. Além disso, poder dar suporte emocional e mostrar que elas podem viver o amor delas independente de qualquer preconceito. Quanto mais a gente cresce, mais público a gente ganha, percebemos o quanto estamos levar de amor para o mundo. Estamos vivendo um momento muito difícil no Brasil em que o ódio está superando o amor em várias situações, então ou falamos de amor ou estaremos muito perdidos. Nosso objetivo é naturalizar essas relações de dar um suporte a todas essas pessoas.
Como você lida com a responsabilidade de influência para os seus fãs?
Cada vez eu tomo mais cuidado com o que eu falo e posto. Penso muito antes de sair dizendo qualquer coisa ou espalhando qualquer notícia, justamente por estarmos na era “fake news” em que todos acreditam em tudo o que lêem. Eu pesquiso tudo o que pretendo postar, tudo o que eu falo. Eu tenho uma posição política muito clara, defendo as minorias, e acredito no Brasil e no nosso povo, acredito no amor e não em arma, na conversa e não na violência, por isso não deixo de me expressar. Eu acredito que precisamos espalhar o amor e amar o próximo. Amor próprio e amar ao próximo é o segredo de uma vida plena.
One thought on “Natalie Smith fala de experiência com a nova série “The Stripper””
Linda entrevista,Natalie Smith excelente atriz,eu amo os trabalhos dela.A peça é maravilhosa,aconselho a todoa a assistirem.
😍