Ao lado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), o ex-governante uruguaio José Mujica disse nesta segunda-feira (19) em ato público que a militância não terá o petista “eternamente”. A declaração foi dada dentro de uma análise crítica da atuação política da esquerda, na qual Mujica defendeu que é necessário fortalecer os partidos e não depender de uma só liderança.
Mujica discursou durante ato no Parque Internacional, situado na fronteira entre as cidades de Santana do Livramento (RS) e Rivera, no Uruguai. Suas declarações vêm em um momento em que Lula, condenado em segunda instância na Operação Lava Jato, pode ser preso e ficar inelegível. Ele é o pré-candidato do PT à eleição presidencial de outubro e lidera as principais pesquisas de intenções de voto para a corrida eleitoral.
Lula atuou como uma espécie de mestre de cerimônias do evento, que também contou com falas da ex-presidente Dilma Rousseff e do ex-mandatário do Equador Rafael Correa. O petista abordou brevemente a sua condenação e voltou a dizer que está sendo alvo de “mentiras” de seus acusadores.
“O meu problema pessoal é pequeno diante do problema que aflige milhões de brasileiros que perderam o emprego, de jovens que não podem ir para a universidade”, disse.
Lula ainda criticou o presidente Michel Temer (MDB) ao afirmar que “hoje o Brasil tem um golpista que está atendendo tudo o que o mercado financeiro exige”, e fez uma defesa das leis trabalhistas vigentes antes da reforma do atual governo.
Já Dilma disse que o “monstro” da extrema-direita “saiu da caixa” no Brasil, e citou “o Bolsonaro, a intolerância, o ódio, o preconceito”.
Com informações do UOL