Marabá é recordista isolado em cobre no Brasil

O município de Marabá já produz praticamente o dobro de cobre que o pioneiro Canaã dos Carajás. É o que se constata do Relatório de Produção do Terceiro Trimestre de 2017 que a Vale divulgou nesta quinta (19), antes da abertura das bolsas de valores. De acordo com a mineradora, de janeiro a setembro deste ano, enquanto Canaã rendeu 76,7 mil toneladas (t) do metal por meio da mina do projeto Sossego, Marabá produziu 140,4 mil t por meio do projeto Salobo, recorde também na produção dessa commodity. Marabá é um dos melhores “negócios” da Vale, que opera lá por meio de sua controlada Salobo Metais. Apenas no terceiro trimestre, Salobo produziu 51,8 mil t no enquanto Sossego garantiu 25,6 mil t.

Na geografia da produção, a Vale não faz uma referência sequer ao nome dos municípios paraenses, mas, no plano estratégico, ela já está em corre-corre para tocar terceira planta de Salobo em Marabá. Há uma fortuna de bilhões de dólares em ouro por trás do cobre de Salobo, produto que pode levar a mineradora a faturar milhões em suaves e gordas parcelas sem ser incomodada no Pará ou no Brasil.
Vale reportar que quatro anos atrás o analista de indicadores que administra a fanpage “Meu Parazão” escreveu para a imprensa regional prevendo que em 2015 Marabá ultrapassaria Canaã dos Carajás como maior produtor de cobre do país e que, em 2017, Salobo produziria o dobro de Sossego. Os prazos e as previsões foram cumpridos com sucesso.

Duração das Minas

Atualmente, a mina de Salobo, da Vale, é um das 50 mais valiosas do mundo. Em seu Relatório Anual, divulgado em abril deste ano nos Estados Unidos, a empresa aponta que a reserva de Salobo, em Marabá, que começou a ser explorada em 2012, tem vida útil até 2066 ― isso sem considerar uma terceira expansão e com base apenas na produção de 176 mil t em 2016.

Em Canaã dos Carajás, a mina de Sossego, que também esteve entre as mais valiosas do mundo na década passada, após iniciar operação em 2004, produz em ritmo menor e, segundo a Vale, encerra operações em 2025, considerando-se o ritmo de atividade de 93 mil t ano passado.

Fonte: Meu Parazão

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