Parauapebas: A Educação no foco

Presenciamos mais uma vez uma greve dos professores em Parauapebas. São recorrentes. Mas há um elemento novo desta feita: não se trata apenas de greve dos professores por aumento salarial mas os alunos também participam do movimento, cobrando melhorias nas instalações e na qualidade do ensino, principalmente no segundo grau, gerenciado pelo governo do estado.

NOVIDADE
É bom sinal. Os alunos se posicionam contra as paralizações para atender apenas e tão somente aos interesses pecuniários dos professores. Os alunos querem compromisso, qualificação, dedicação, muito além do eterno discurso de que “nós ganhamos mal”. Mesmo por que o professor no município de Parauapebas, tem salários superiores ao piso nacional.

DEFICIÊNCIA SALARIAL
A deficiência salarial ocorre no nível estadual. Isto há anos. Tanto que já na década de 90, quando assumi a prefeitura municipal, encaminhei e aprovei junto ao Legislativo o pagamento de uma diferença a menor existente entre os salários do estado e os do município. E que o prefeito efetivo quando retornou à cadeira se negou a pagar, mas a Justiça o obrigou ao pagamento.

PENALIZADOS POR NOSSOS RECURSOS
O que precisávamos fazer neste município que per capita é o mais rico do estado é o próprio município assumir a Educação da pré-escola até ao final do secundário, que é administrado diretamente pelo estado. É aí que nos deparamos com a ausência de fiscalização, com a burocracia, com a falta de investimentos, por que se diz sempre em Belém que Parauapebas é rica. Somos penalizados por dispormos de recursos próprios.

VALMIR MARIANO E FERRARI
Dias atrás em reunião, discutimos eu, o deputado estadual Júnior Ferrari, que vem como candidato a deputado federal e Valmir Mariano, pré- candidato a estadual (o mais bem cotado nas pesquisas em Parauapebas e região), esta proposta: que o governo estadual apenas repasse o valor que por lei toca ao nosso município, que passaria a gerenciar, a Educação aqui, do fundamental ao segundo grau. Municipalizar o segundo grau.

INOVAR SEMPRE
Existem entraves para tal mudança? Existem. E são entraves que demandam a ação tanto de deputado estadual quanto de deputados federais para que ocorram. Mas nada é obstáculo que não se possa transpor. Deputados são eleitos exatamente para tratar de leis: criar leis, adequar leis. E Parauapebas sempre foi um município arrojado e propositor de inovações e mudanças.

QUEM GANHA
Quem ganharia com o fato de o município assumir toda a cadeia educacional? Ganhariam os professores do estado, com salários melhores, com oferta de qualificação gratuita que já é oferecida aos professores da rede municipal, estariam livres de uma burocracia insensata, e ganhariam os alunos com um gerenciamento próximo, ganharia toda a comunidade.

BASE PARA SER REFERÊNCIA
E quando se fala em criar um polo educacional neste município é bom lembrar que as coisas sólidas começam pela base. Sem um segundo grau de qualidade nossos alunos poderão até ter acesso a Faculdades, mas dificilmente sairão de lá profissionais de escol, de alta capacidade. Correm o risco de sair de lá apenas como meros portadores de um diploma. E mais nada.

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