Da semana passada para cá me encontrei comigo mesmo no mais absoluto íntimo de mim. Eu estava consternado. Os fatos que se sucederam na semana, com o julgamento no STF do HC e com a prisão do ex-presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, seu comportamento arrogante ante a decisão da lei, o discurso de seus advogados caros dirigindo a palavra aos brasileiros como se todo brasileiro fosse analfabeto e retardado mental, tudo isto me deixou consternado.
LÓGICA, SOMENTE A LÓGICA
E quedei-me assim reavaliando todo o quadro, para, ao fim, constatar que para os “grandes” da República o Brasil é e será tratado como uma republiqueta de bananas, como um país de subdesenvolvidos. E transparece que todos eles em conjunto trabalham para que o país jamais saia desse estágio, que o povo seja sempre fácil de conduzir, contente com migalhas do momento. Como transparece seu desprezo pelo que é o alicerce de qualquer instituição séria: a Lógica, além da honestidade intelectual.
SÓ A LÓGICA NOS SALVARÁ
Assim, levei dias para escrever esta coluna. Que agora tento escrever. E como no discurso proferido por um vereador em nossa cidade, o Sr. Horácio Martins, confesso que ainda me encontro completamente confuso em meu coração. Que ainda continuo sentindo tudo o que senti nestes dias, como brasileiro: vergonha, alívio, tristeza e indignação. E, agora, alinhavando devagar os pontos, começo a sentir uma pequena esperança de que as coisas mudem. Não as coisas apenas, mas as mentes.
CLAREAR AS MENTES
Esperança de que, depois de todos esses terríveis acontecimentos, se desobnubilem as mentes de nosso povo, que se desarmem os ódios, que se possa perceber que a construção de uma nação digna de todos não se faz com a arrogância de autoridades, com espertezas de autoridades, com casuísmos da Justiça, com vaidades imensuráveis, com leis que se mudem (pelos poucos que podem mudá-las) para atender a interesses imediatos e inconsequentes. Nem com heróis e santos, por que nossos heróis e santos têm todos os pés de barro.
ENFRENTAR OS FATOS
E registrando que nossa situação é pior do que eu mesmo imaginava. É pior por que falta humildade e honestidade. No todo. É pior por que não há coragem, palavra que para o grego antigo é a maior das virtudes, a própria virtude. Mas que, apesar de tudo, ainda creio em um país melhor. Até por que até em minha vida profissional, sempre fui chamado para ajudar a resolver problemas aparentemente sem saída. E, sem vaidade algum, posso afirmar que sempre colecionei prêmios por efetividade.
E VAMOS CHEGAR LÁ
Por tudo isto e com tudo isto posso dizer que acredito que podemos construir um país. Um bom país para todos. E que esta é a nova luta, o novo desafio para cada um de nós. Que mais uma vez temos a oportunidade de apreciar o prazer de encarar o que parece impossível. E creio que muitos mais existem que querem tomar para si também o desafio.
Vamos sim, amigos, juntos e cada um, fazer um Brasil melhor. A começar daqui. De nossa cidade. De perto de nós
