Eduardo Speroni comenta sucesso de “Caranguejo Overdrive”

Foto: Reprodução do Blog Luca Moreira

Eduardo Speroni é um jovem ator da nova geração e conta com grande experiência no teatro e curtas-metragens. Desde de 2001, quando iniciou sua carreira, já são mais de quinze espetáculos, com destaque para “Carangueijo Over-drive” onde atua desde 2015, “Bicho”, com direção de Georgett Fadel e “Purple Drive”, esquete no 3º FESTU Rio, onde foi premiado como Melhor Ator.

No cinema já são treze curtas-metragens e quatro longas. Seu primeiro trabalho foi em “Cilada.com, com direção de José Alvarenga e seu último, em 2016, em “B.O.”, direção de Pedro Cadore e Daniel Belmonte.

Como foi o seu início nas artes cênicas?

Nunca gostei de mesmice. Meus pais sempre trabalharam em empresa e aquela rotina empresarial de ir todo dia pro mesmo lugar, no mesmo horário, nunca me interessou. Queria algo que lidasse sempre com o diferente.

Uma grande amiga minha de escola era atriz e sempre me incentivou a entrar no curso de interpretação do Teatro Tablado. Então, me matriculei, e em menos de um ano de aulas, eu já percebi que seria esse o meu caminho. Estudei nessa escola por quase sete anos esse. Depois, me formei em Cinema pela PUC-Rio. Ao longo de quase 10 anos de profissão atuei no teatro, cinema e televisão.

Seu primeiro trabalho no cinema foi no filme “Cilada.com”, onde também estavam presentes Bruno Mazzeo e Fernanda Paes Leme como protagonistas. Conte-nos um pouco de sua experiência na época?

Eu era um adolescente tendo meu primeiro contato com uma grande produção de cinema. Era tudo muito novo pra mim, lembro que durante as filmagens eu fica observando tudo e todos, como um turista perdido na cidade. (risos)

Não cheguei a gravar com a Fernanda, mas com o Bruno sim. Ele foi muito simpático, e claro, muito divertido. Lembro que ele e o diretor, José Alvarenga Jr., sempre estavam fazendo piadas e deixando o clima mais agradável.

Com uma extensa carreira no teatro, um dos maiores destaques foi o “Carangueijo Over-drive”, que está em cartaz desde 2015. Qual a importância desse projeto para sua trajetória profissional?

Pensando em trajetória profissional, o Caranguejo Overdrive com certeza é um divisor de águas para mim. Pois foi um espetáculo muito assistido, já fizemos em torno de 250 apresentações, em mais de 30 cidades do Brasil. Essa popularidade de certa maneira traz um reconhecimento ao trabalho do ator. Nós produzimos arte para o público, fazendo um trabalho de pesquisa que aborda temas latentes a sociedade, levando o espectador a se identificar. Esse reconhecimento e identificação do público acabaram sendo importantes para minha caminhada como artista.

Na frente das câmeras, também trabalhou na esquete “Purple Drive” que rendeu a você o prêmio de melhor ator no 3 FESTU Rio. Como foi receber esse reconhecimento pelo projeto?

Foi muito gratificante. A carreira de artista é sempre muito incerta, nada é garantido. Então, receber um prêmio, que é um símbolo de reconhecimento – não só de qualidade, mas também de esforço – me deixou muito feliz.

Fale-nos um pouco de sua experiência com Georgett Fadel em “Bicho”.

Georgette Fadel é uma gênia! Uma artista extremamente sensível e criativa. Tivemos um processo longo, de quase sete meses de ensaio, de criação coletiva. Tínhamos só os arquétipos dos personagens e uma brevíssima sinopse da história. O resto fomos criando juntos – eu, ela e os atores Pedro Necerssian e Jean Machado. Depois, o dramaturgo, André Sant’Anna amarrou as nossas proposições cênicas num texto teatral.

Como foi participar de “B.O” com Pedro Cadore e Daniel Belmonte em 2016?

O Pedro e o Daniel são grandes amigos meu, então estar ao lado deles nesse projeto já foi de partida uma felicidade muito grande. Além disso, o filme retrata a dificuldade de se fazer cinema no nosso país – a falta de incentivo financeiro e de oportunidades para quem está começando – o que acaba me comovendo ainda mais. Pois sinto que estamos fazendo uma crítica clara, levantando questionamentos pertinentes ao nosso tempo.

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