Na manhã desta sexta-feira, 26, o auditor ambiental da Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Canaã dos Carajás, acompanhado de um engenheiro florestal, brigadistas, fiscais ambientais e investigadores da Polícia Civil, realizaram uma operação conjunta.
Foram percorridos pelo menos sete quilômetros de estrada de chão até chegar ao local conhecido como Acampamento Galeano na Zona Rural do município. O objetivo era conduzir até à delegacia o homem responsável por causar um incêndio que destruiu cerca de 5 hectares de floresta em Canaã dos Carajás.
O crime ocorreu por volta das 10h da manhã da última terça-feira, 23, as chamas só foram controladas por volta de meia noite daquele dia.
No local, as equipes encontraram apenas um lote e um barraco vazio. O dono da área e responsável pelo incêndio, que não teve o nome revelado, não foi encontrado e não se tem pistas sobre seu paradeiro. “Nós viemos acompanhar o trabalho da Semma e também para conduzir o autor do incêndio. Nós ainda vamos analisar se nesse caso foi culposo ou doloso. Nós vamos continuar procurando o responsável pelo crime e leva-lo para prestar depoimento”, disse Roque Barbosa, investigador de Polícia Civil.
Em decorrência do forte vento, as chamas se alastraram facilmente e chegaram a atingir parte da floresta que cerca o Parque Veredas, a unidade de conservação ambiental que abriga a Barragem do Verde, principal manancial de captação e abastecimento d’água do município. “Nós viemos aqui hoje, justamente para mostrar às demais autoridades o tamanho do estrago causado por esse incêndio. Se esse tipo de limpeza de área escolhido pela população não for bem conduzido, pode causar prejuízos a áreas ambientais, uma vez que o fogo também pode sair de dentro dessa propriedade e invadir outras. Nesse dia, a equipe de brigadistas começou a trabalhar umas 10h da manhã e foi parar por volta de meia noite para não permitir que esse fogo chegasse até a área das mudas plantas, porque se chegasse, o prejuízo seria muito maior para o município”, explicou Marcus Vinicius, auditor ambiental – Semma.
Em entrevista ao Portal Canaã, Dênis da Silva, relatou o momento de tensão que ele e os colegas de brigada passaram enquanto tentavam conter as chamas. “Nós tentamos fazer o controle e o monitoramento do fogo, mas ele subiu muito rápido por causa do vento e não conseguimos mais combater. Nós entramos em desespero porque o fogo era muito alto, o morro era muito alto e dificultava para gente subir com o equipamento. Já era quase meia noite quando a gente já conseguiu ter sucesso”, relatou.
O fogo começou nos fundos do lote e segundo informações, a intenção do dono da propriedade era queimar apenas uma pequena quantidade de lixo. “O responsável se apresentou no momento e inclusive ajudou no combate ao fogo. Ele vai ser autuado pelo foco de incêndio que ele causou, no entanto, ele não foi mais localizado. Pedimos também o apoio da Polícia Civil para tentar localizá-lo e para que assim, ele possa responder pelo crime ambiental que ele cometeu”, finalizou Marcus, Vinicius.
