Prefeitura de Canaã decreta ponto facultativo na segunda-feira

Prefeitura de Canaã dos Carajás | Imagem: Jorge Clésio

A prefeitura de Canaã dos Carajás decretou ponto facultativo nas repartições públicas municipais na próxima segunda-feira (14), devido ao feriado de Adesão do Pará, celebrado na terça-feira (15).

O decreto, assinado pelo prefeito Jeová Andrade, não se aplica aos setores públicos essenciais, como Saúde, Vigilância Sanitária, Limpeza Pública, Serviço Autônomo de Água e Esgoto/ SAAE, Secretaria Municipal de Trânsito / Fiscalização e outras assim consideradas, que atenderão em sistema de plantão, regulados pelos respectivos gestores através do ato próprio.

Feriado Estadual da Adesão do Grão-Pará à Independência do Brasil

A Adesão do Pará à Independência remoldou a história política paraense, tendo sido marcada por consequências trágicas como o massacre do “Brigue Palhaço” e uma série de revoltas que culminaram com a Cabanagem, em 1835.

A data ainda está presente na bandeira brasileira, onde a estrela solitária no círculo no azul acima da faixa branca com a inscrição positivista “Ordem e progresso” faz uma referência direta ao movimento de 15 de agosto de 1823.

Como se deu a Adesão do Pará à Independência

Um ano após a Independência do Brasil, o Pará se declarou fielmente ao país. Nesta época, constituía a Província do Grão Pará e Maranhão, devido à forte ligação portuguesa com a província. O professor da rede estadual de ensino Kleber Leite ressalta que após o retorno da corte portuguesa para Lisboa, o Grão Pará precisava decidir entre a manter a aliança com o Brasil ou permanecer ligado à Portugal, já que a elite paraense havia aderido à colônia lusitana, pela influência em diversas áreas.

Para o processo de integração, Dom Pedro I enviou para cá tropas militares após a adesão do Maranhão, já que o Pará era o único que ainda não havia aderido. Para conseguir o apoio determinante, em 11 de agosto, o almirante John Grenfell desembarcou aqui e trouxe aos governantes do Estado um documento afirmando que havia uma esquadra em Salinas, pronta para bloquear o acesso ao porto da capital, isolando a Província do Grão Pará do resto do Brasil, caso não optasse pela adesão.

Os governantes da época renderam-se, então, proclamando a adesão ao restante do Brasil. Após uma assembleia no Palácio Lauro Sodré, a assinatura do documento que oficializava a adesão ocorreu no dia 15 de agosto. “Tudo não passou de um blefe, pois foi dito que uma esquadra fortemente armada estava posicionada nas proximidades de Belém, o que não era verdade”. A elite acabou sendo obrigada, de forma política, a assinar o contrato de adesão à Independência”, explica o professor.

Após isso, ocorreram diversas revoltas populares, sendo a mais conhecida a tragédia do Brigue Palhaço, causadora de mortes e prisões na cidade de Belém. O fato acabou trazendo à população paraense uma nova consciência. O sentimento de identidade do povo ainda produziu novas revoltas, que culminaram com a revolta da Cabanagem, em 1835.

*A obra da pintora Anita Panzuti, instalada no Palácio da Cabanagem, retrata a assinatura da adesão do Pará à Independência. Com informações da Agência Pará

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