Pesquisador investiga a Licença Social de Operação da mineração em Canaã dos Carajás

Complexo S11D Eliezer Batista, em Canaã dos Carajás Foto: Grazianno Medina

O pesquisador James Thiago Leite Cruz, formado em Biologia (Universidade Federal do Pará) e Relações Internacionais (Universidade da Amazônia), especialista em Gestão Empresarial Internacional (London School of Business and Finance), Mestre em Desenvolvimento Sustentável (Instituto Tecnológico Vale) e principal estudioso da Licença Social de Operação em empreendimentos da Amazônia Brasileira esteve em breve passagem pelo município de Canaã dos Carajás, no estado do Pará, entre os dias 05/02 ao dia 13/02, entrevistando moradores para analisar a opinião pública sobre os impactos e benefícios da mineração na cidade.

Em conversa com o Portal Canaã relatou que as mineradoras tem buscado melhorar a performance social nas atividades realizadas na terra, mas enfrentam resistência daqueles que se sentem prejudicados com atuação da indústria no local, como os moradores de zona rural.

Foto: Reprodução/Instagram

“Enquanto uns acham que tudo corre as mil maravilhas, outros grupos sociais sentem-se inseguros e esquecidos”, contou James.

O pesquisador enfatiza que para as empresas conquistarem uma forte Licença Social de Operação, não se pode soltar a mão de ninguém. Especialmente da população rural, que apresentou os piores resultados preliminares quanto à satisfação com os benefícios e impactos da mineração.

James diz que que os desastres de Mariana e Brumadinho, duas cidades mineiras, ainda ecoam fortemente no imaginário popular, e influenciam significativamente no modo como a população vê as mineradoras em Canaã dos Carajás. Ainda em conversa, ele afirmou que as empresas devem preocupar-se em fortalecer a comunicação com a sociedade como um todo, em seus distintos setores e grupos sociais – não apenas a classe política ou seletos grupos que as procuram.

“Uma população insatisfeita com a qualidade de vida numa cidade tão rica quanto Canaã, tende a confiar menos nas mineradoras, mesmo que a responsabilidade também seja do governo local. Nesse sentido, é necessário pressionar o poder público local para garantir o adequado investimento dos impostos da mineração, ainda que não seja obrigação empresarial. Desse modo, tende-se a fortalecer a Licença Social de Operação de suas atividades, e protestos como esses que estão acontecendo na cidade poderão ser evitados”, finalizou o pesquisador James Thiago.

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