Pesquisa sobre desenvolvimento de Canaã dos Carajás é apresentado em congresso mundial do setor no Rio

Um dos 15 trabalhos a serem expostos por empregados da Vale, o estudo analisa a melhora no IDH dos municípios brasileiros onde existe a atividade de mineração

Emanoel Nazário é especialista em gestão e desempenho da Vale em Carajás e faz mestrado no Instituto Tecnológico Vale (ITV), em Belém (PA). Foi no dia a dia do trabalho que veio a ideia de estudar a relação da mineração com o desenvolvimento das cidades. A falta de artigos científicos sobre o tema foi o insight para a sua pesquisa. Noruega e Canadá, os dois países com melhor IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), têm uma forte relação com a mineração nas suas economias. E como é no Brasil, principalmente nos municípios mineradores?

Para responder à pergunta, Emanoel estudou os dados do IDH dos municípios do Brasil e concluiu que a atividade mineral tem contribuído significativamente para o desenvolvimento do país. Os municípios que se apoiam na atividade mineral têm índices de desenvolvimento superior aos demais, especialmente, nos dois maiores estados mineradores: Minas Gerais e Pará. “Os fatores que analisamos tratam sobre a parte da influência da atividade mineral, o que sugere a presença de outras variáveis, como gestão pública, cultura e história do município, na manutenção do IDHM”, explica o pesquisador, que apresentou os resultados do estudo no World Mining Congress (WMC), evento mundial de mineração, que encerra nesta sexta, 21/10, no Centro de Convenções Sulamérica, no Rio de Janeiro.

A média de Índice de Desenvolvimento Humano dos municípios brasileiros (IDHM) está em 0,659. Já nas cidades mineradoras do Pará, este valor está em 0,670. Em Minas Gerias, o número é ainda maior: 0,775. O IDHM considera três indicadores: longevidade, educação e renda. O índice varia de 0 a 1. Quanto mais próximo de 1, maior o desenvolvimento humano.

O objetivo do WMC é promover e apoiar, técnica e cientificamente, a cooperação para o progresso nacional e internacional nas áreas de mineração e o desenvolvimento de recursos minerais naturais. Nesta edição do congresso, além do estudo de Emanoel, foram apresentados mais 14 trabalhos de empregados da Vale. No estante da empresa, um grande painel explicativo sobre as tecnologias empregadas no S11D, maior projeto de mineração da história da Vale e que entra em operação comercial em janeiro de 2017. Serão expostos ainda oito projetos desenvolvidos por pesquisadores do Instituto Tecnológico Vale (ITV).

Conectividade

Os 15 trabalhos de empregados da Vale, aprovados por uma comissão de avaliação do WMC, estão relacionados a diferentes áreas da cadeia da mineração: desenvolvimento das comunidades mineradoras, avanços tecnológicos para a biodiversidade e inovações nos processos operacionais.

Para Emanoel Nazário, é importante que a comunidade científica abra espaço para estudos e pesquisas sobre mineração. “O reconhecimento científico é necessário para que a população reconheça a contribuição que a atividade mineradora traz para a sociedade”, ressalta.

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