“Vocês não tem provas, tem narrativas”, diz Luciano Hang à CPI

O empresário Luciano Hang, dono das lojas Havan, está depondo na CPI da Covid nesta quarta-feira (29) e já causou tumulto logo no início de sua participação. Ele levou plaquinhas com os dizeres “não me deixam falar”, o que irritou os senadores.

Além da polêmica com as plaquinhas, o advogado de Hang discutiu com o senador Rogério Carvalho (PT-SE), que pediu a retirada do defensor do empresário. Os senadores perderam mais de 20 minutos debatendo a questão, até que o presidente da CPI, Omar Aziz, decidiu pela suspensão do depoimento até que os senadores chegassem a um acordo.

Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan e apoiador do governo Bolsonaro, é acusado de pertencer ao chamado “gabinete paralelo”, grupo que atuou informalmente junto ao Ministério da Saúde nas decisões relacionadas ao combate à pandemia. Esse grupo é acusado de contribuir para a disseminação de fake news sobre a doença, de promover tratamentos sem comprovação científica e defender a “imunidade de rebanho” em detrimento do distanciamento social e da vacinação em massa.

Em sua fala inicial, Hang rejeitou a pecha de “negacionista” e disse ser favorável à vacina. Afirmou que a CPI desrespeitou a memória de sua mãe, Regina, que morreu de covid em fevereiro, em hospital da empresa Prevent Senior, investigada pela comissão. O presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), negou ter havido desrespeito e observou que foi o próprio depoente o primeiro a mencionar a morte da mãe nas redes sociais, para defender o controvertido “tratamento precoce” contra o coronavírus.

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