Senadores estão na Coreia do Norte buscando “cooperação” com ditadura comunista

Custo da viagem dos três políticos, que não foram reeleitos, é de R$ 127 mil.

Encerrou neste domingo (2) a viagem dos senadores Vanessa Grazziotin (PC do B/AM), Roberto Requião (MDB/PR) e Antonio Carlos Valadares (PSB/SE) à Coreia do Norte. Eles saíram do Brasil dia 20 de novembro.

Em final de mandato e como nenhum dos três foi reeleito este ano, foi sua última oportunidade para esse tipo de ação política.

No requerimento apresentado por Grazziotin ao Senado, ela diz que “os objetivos da missão são o estreitamento da cooperação entre a Assembleia Popular Suprema da República Popular Democrática da Coreia e o Senado Federal, mediante encontros com parlamentares e outras autoridades daquele país”.

A amazonense preside o grupo parlamentar de amizade Brasil-Coreia do Norte, criado em junho. O Brasil é o único país das Américas a ter embaixada em Pyongyang. Ela foi inaugurada em 2009, no segundo mandato de Lula.

As relações comerciais com a ditadura comunista são tímidas. O Brasil exportou US$ 3,2 milhões para a Coreia do Norte este ano e impostor US$ 647,6 mil.

Esta não foi a única viagem de senadores a Pyongyang este ano. Fernando Collor (PTC/AL), presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, esteve duas vezes à Coreia do Norte, entre 24 de abril a 5 de maio e de 6 a 11 de setembro.

Collor voltou da primeira viagem dizendo ter se comprometido a trabalhar pela implementação do grupo parlamentar de amizade, que foi oficializado no mês seguinte.

Custos

O custo total para os cofres públicos da viagem em curso foi de R$ 127.298,70. Dados do Senado indicam que foram cerca de R$ 16 mil em diárias para cada senador, além dos seguros de viagem, e as passagens do percurso Guarulhos-Dubai-Pequim-Dubai-Guarulhos.

O Portal da Transparência do Senado relata que além de Collor, o senador Pedro Chaves (PRB/MS) também esteve na Coreia do Norte em missão oficial neste ano, em abril.

Ao todo, em 2018, a Casa gastou R$ 170.875,69 com viagens à terra do ditador Kim Jong-Um.

O presidente eleito Jair Bolsonaro já anunciou que pretende fechar no ano que vem as “embaixadas ociosas”. A da Coreia do Norte seria uma delas.

GospelPrime

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