Quanto custará para barrar a segunda denúncia contra Temer?

O Supremo Tribunal Federal (STF) aceitou e por 10 votos a um, enviou a denúncia contra o presidente Michel Temer a Câmara dos Deputados. É a segunda denúncia contra o mandatário da nação que os deputados federais irão apreciar. O rito será o mesmo: leitura do conteúdo da denúncia no plenário, envio da mesma para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e se aprovado, entra em votação.

Na primeira denúncia ficou claro, público, as manobras do Palácio do Planalto para barrar a denúncia, encaminhando para o seu arquivamento. O governo usou de todas as suas “armas” possíveis: cargos, indicações e emendas aos deputados foram oferecidos ao varejo. Resultado foi o esperado: a denúncia não avançou. Mais de uma dezena de bilhões de reais foram gastos com a operação abafa.

A segunda denúncia chegou a Câmara dos Deputados. Ela é mais robusta e consistente nas provas apresentadas e no teor das acusações do que a primeira. Ou seja, possivelmente, a tropa de choque de Temer terá mais trabalho em estancar o processo. Sabendo disso, e pelo perfil fisiologista da maioria de nossos parlamentares, o preço, custo a ser cobrado pelo apoio será maior.

O fisiologismo partidário (o famoso “toma-lá-dá-cá”) sabe se comportar bem nesses momentos. Por isso, e pelo conteúdo da denúncia, a “fatura” a ser cobrada pelos congressistas para manter apoio ao governo deverá ser maior. O regime presidencialista brasileiro é um eterno refém do Congresso Nacional. Sem apoio, qualquer governo é derrubado. Temer sabe bem disso, por isso, a ordem é negociar, levantar as demandas e necessidades dos nobres deputados.

Se barrar a segunda denúncia, Temer deverá finalizar os processos que vem sendo acusado. A troca no comando na Procuradoria Geral da República (PGR), deverá garantia a paz e tranquilidade ao presidente. A nova procuradora, Raquel Digne, não deverá seguir os caminhos perseguidos por seu antecessor, Rodrigo Janot.

Vamos aguardar e contabilizar os bilhões que irão ser reservados para a manutenção de Temer e seu grupo no poder. O impeachment continua sendo muito oneroso ao Brasil.

Por.

Henrique Branco

 

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