Para os cristãos, a Sexta-Feira da Paixão é um dia de jejum e abstinência. Como a data contempla e celebra a morte de Jesus Cristo, a Igreja pede que seus fieis pratiquem alguns sinais de penitência.
O principal deles é o não consumo de carne vermelha e frango neste dia. A recomendação já virou costume e é seguida, inclusive, por aqueles que não praticam sua fé. Por causa da tradição, o preço dos pescados, e principalmente do bacalhau, sobem consideravelmente nesta época do ano. Como evitar, então, gastos excessivos durante este período?
Por que não pode comer carne na Sexta-Feira Santa?
A tradição é muito antiga e tem relação com o que a data representa para os católicos: a morte de Jesus. Quem segue a religião acredita que a carne vermelha simboliza o corpo de Cristo, que derramou seu sangue para salvar a humanidade, e por isso se abster do alimento é uma forma de respeito ao sacrifício. Na verdade, essa privação deveria ser seguida durante toda quaresma, que começa na quarta-feira de cinzas e se estende até a Páscoa, mas atualmente ela acontece apenas no primeiro dia do período e na sexta da Paixão.
Pode comer frango na Sexta da Paixão?
A dúvida é muito comum e gera alguma polêmica, já que a indicação da Igreja para os católicos é trocar a carne vermelha pela carne branca e o frango é considerado uma carne branca. Porém, segundo o padre Cido, o frango não está liberado para ser consumido pelos cristãos na Sexta-Feira Santa.
“Não há nenhuma explicação teológica a respeito do consumo de frango nessa data, mas a tradição sempre pregou a troca da carne pelo peixe, que é um alimento bíblico. Está tudo ligado ao sangue derramado pelo Cristo. Apesar de o peixe também sangrar, o derramamento de sangue é bem menor do que em outros animais como o boi, o coelho ou mesmo o frango”.
O que é a Paixão de Cristo?
A Paixão de Cristo é o termo teológico que descreve os sofrimentos de Jesus antes da crucifixão, que teria acontecido no dia em que se celebra a Sexta-Feira Santa. Por isso, para os cristãos, essa é uma data para orar e seguir um profundo silêncio, além da abstinência de carne.