Menos bebês nasceram no Brasil em meio ao surto de Zika, diz estudo

Um aumento de defeitos congênitos associados à epidemia de zika vírus de 2015-2016 no Brasil causou preocupação generalizada, medo e, em alguns casos, histeria em todas as Américas. Agora, a pesquisa sugere que as transmissões da epidemia, juntamente com advertências terríveis de saúde, inspiraram uma resposta muito real da população.

Cerca de 120.000 bebês a menos do que o esperado nasceram do final de 2015 até 2016, após o início do surto de zika no Brasil, de acordo com um estudo publicado esta semana na revista científica PNAS. Os resultados sugerem que, devido aos receios dos efeitos potenciais de uma infecção pelo zika vírus durante a gravidez, os brasileiros adiaram a gravidez ou possivelmente tiveram um aumento no número de abortos, dizem os autores.

‘Adiamento da gravidez e abortos’

O vírus Zika foi identificado pela primeira vez há 70 anos. É transmitido principalmente através da picada de uma fêmea infectada do mosquito Aedes aegypti. Embora surtos isolados e de pequena escala tenham ocorrido em várias partes do mundo, incluindo a África, o Sudeste Asiático e as ilhas do Pacífico, nenhuma complicação importante foi associada ao vírus até sua chegada ao Brasil, que relatou um extenso surto para a Organização Mundial de Saúde. Organização em março de 2015.

Durante o surto na América do Sul, médicos e cientistas observaram que a infecção pelo vírus Zika durante a gravidez estava associada à microcefalia e outros efeitos negativos à saúde. Na época, o governo brasileiro aconselhava mulheres a adiar a gravidez.

A microcefalia, um distúrbio neurológico no qual o crânio e o cérebro do feto não se desenvolvem adequadamente, pode causar sérios problemas de desenvolvimento. Outros efeitos possíveis da infecção pelo zika durante a gravidez incluem defeitos congênitos alternativos, como problemas oculares ou perda auditiva ou aborto espontâneo.

Desde o surto brasileiro, os cientistas aprenderam mais sobre o vírus em si, mas os estudos de efeitos demográficos ficaram para trás.

Com informações da CNN Internacional

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