Defensoria Pública pede punição a Ratinho por “declarações homofóbicas”

Acende-se outro sinal de alerta para os líderes cristãos sobre o fim da liberdade de expressão.

Mais um ataque à liberdade de expressão em nosso país. Apesar de ter usado termos que podem ser considerados chulos para falar sobre a programação da Globo, o apresentador Ratinho, do SBT, estava exercendo seu direito à opinião quando gravou um vídeo sobre o assunto no dia 3.

Após a grande repercussão, sobretudo da grande mídia, Ratinho passou a ser tachado de “homofóbico”. Sua opção foi fazer uma retração na internet, dizendo que “não quis ofender nenhum gay”, que “fez uma brincadeira” e que “lamentavelmente algumas pessoas não entenderam assim”.

Mesmo assim, a Defensoria Pública de SP entrou com uma representação na quinta (4) contra o apresentador. O defensor público Rodrigo Leal da Silva, que fez a representação, disse: “O fato de ele ter se retratado não exclui o caráter homofóbico da fala”. Contudo, ele não explicou como isso poderia se caracterizar como tal, uma vez que Ratinho não defende a agressão nem faz ofensas aos homossexuais como um todo.

O seu pedido é que a Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania do Estado abra um processo contra ele. O argumento é que o termo “viado” foi utilizado pejorativamente e recomenda que a secretaria o autue por “discriminação homofóbica”, o que pode lhe render uma multa.

Tudo é homofobia

A situação remete a um caso similar. No final do ano passado, a rede de supermercados Hirota, de São Paulo, distribuiu aos seus clientes um devocional, assinado pelo pastor Hernandes Dias Lopes, que falava sobre família. Entre seus textos, alguns mostravam a visão bíblica sobre a homossexualidade, que é considerada uma “abominação” e condenava o aborto.

Após protestos de ativistas LGBT nas redes sociais, o Ministério Público de São Paulo ordenou que a Hirota suspendesse a distribuição do material com valores cristãos. Também informou que tomaria medidas judiciais, caso a empresa descumprisse a ordem.

O MP fez oito recomendações à rede, incluindo impedir qualquer distinção, exclusão, limitação ou preferência que cause discriminação de candidatos a empregos ofertados pela empresa por causa de questões como “gênero, orientação sexual ou por arranjos familiares entre as pessoas”.

Ao que parece, cada vez mais, o que vale é a opinião das minorias, que estão acima de qualquer crítica. Para assegurar isso, o judiciário atropela outras garantias constitucionais como a liberdade de expressão e a liberdade religiosa. Acende-se mais um sinal de alerta para os líderes cristãos do país, que podem muito em breve serem impedidos de falar sobre o assunto publicamente sem temer um processo judicial, como já acontece em alguns países da Europa.

Com informações das agências.

 

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