As importações da China cresceram no ritmo mais rápido em mais de dois anos em novembro.
O movimento é impulsionado pela forte procura por commodities, do carvão até o minério de ferro.
As exportações também subiram inesperadamente, refletindo recuperação da demanda doméstica e global.
Os dados otimistas somam-se a sinais de recuperação industrial modesta nas maiores economias do mundo.
Mesmo com a China e outros exportadores asiáticos se preparando para potencial guerra comercial quando o protecionista Donald Trump tomar posse como presidente dos Estados Unidos.
As exportações em novembro subiram inesperadamente 0,1% em relação ao ano anterior, ante previsão de recuo de 5%. As importações cresceram 6,7%, muito acima das expectativas de queda de 1,3%, segundo dados oficiais divulgados nesta quinta-feira.
Guerra comercial
O resultado deixou o país com superávit comercial de US$ 44,61 bilhões no mês, informou a Administração Geral Alfandegária.
A expectativa era de que o superávit comercial ficasse em US$ 46,30 bilhões em novembro, contra US$ 49,06 bilhões em outubro.
A melhora reflete fortalecimento da demanda global. Recentes pesquisas empresariais sugerem que as economias desenvolvidas estão no caminho para terminar o ano com resultado forte — disse o economista da Capital Economics, em Cingapura, Julian Evans-Pritchard.
Ainda segundo o economista, ”embora a demanda global tenha recuperado um pouco recentemente, a menor tendência de crescimento em muitas economias desenvolvidas e emergentes significa que a alta é provavelmente limitada”.