Parauapebas, a conhecida Capital do Minério, sempre viveu ao ritmo intenso da mineração e das críticas relacionadas à gestão pública. Mas, ultimamente, o burburinho não vem apenas dos caminhões pesados ou das explosões que esculpem os taludes. Vem das ruas, dos corredores da prefeitura, dos buracos que se fecham rápido demais para que as reclamações não se acumulem. Iniciamos hoje uma série de reportagens especiais no Portal Canaã, mostrando o quanto apostar nos efetivos tem dado certo na capital do minério.
O prefeito Aurélio Goiano começa a mostrar que sua promessa de campanha está sendo cumprida. Ele garantiu que a maioria dos secretários seria composta por servidores concursados, e hoje, 80% dos secretários são efetivos, isso mesmo que você acabou de ler, sem contar os adjuntos. Uma mudança que tem sido percebida na execução dos serviços e na eficiência da administração municipal.
O nome que se espalha é o do secretário de Obras, Roginaldo Rocha. Um engenheiro, servidor efetivo desde 2003, que faz jus ao termo técnico. Engenheiro Civil e Sanitarista, Especialista em Geotecnia, Gestão Ambiental, além de advogado e professor no curso Tecnólogo em Gestão Ambiental e Controle Ambiental.
Em menos de 45 dias, sua atuação pode ser analisada sob a ótica da frase do tenista Arthur Ashe: “Comece onde você está, use o que você tem e faça o que você pode”. Mesmo com as mesmas empresas da gestão anterior, devido à falta de tempo hábil para novas licitações, ele tem implantado o “mais com menos”.
“Operação Buraco Zero”, dizem os moradores, meio incrédulos, como se temessem acordar de um sonho onde as promessas de campanha realmente se cumprem. Os resultados já aparecem. Moradores atentos, livres de conflitos de interesse, relatam: “Minha rua, há anos, não recebia uma operação tapa-buracos”. A “Operação Buraco Zero” tem sido um sucesso. No bairro Cidade Jardim, avenidas como Ipê e Buriti são um verdadeiro “tapete”, como descreve um morador antigo da região.
E não são apenas buracos tapados que movimentam a cidade. Há uma pressa em mostrar resultados, um desejo de mudar a rotina da esperança por consertos eternamente adiados. Os vereadores correm, filmam, divulgam. Mas Roginaldo parece seguir outro ritmo: menos câmeras, mais asfalto.
A cidade assiste. Observa. E talvez, apenas talvez, comece a acreditar que a administração pública pode ser diferente. Por enquanto, os buracos vão sumindo e as ruas de Parauapebas vão ganhando um novo tapete. O tempo dirá se essa nova trilha é passageira ou se, finalmente, virou caminho. Surgiu um novo conceito em Parauapebas: secretário bom a gente faz em casa, com os concursados.