Mulheres formam primeira equipe de vulcanizadoras de Carajás

Grupo atua na manutenção de um dos equipamentos mais importantes no transporte de minério dentro da operação: as correias transportadoras.
Grupo de mulheres atua na manutenção de um dos equipamentos mais importantes da atividade de mineração: as correias transportadoras Foto: Divulgação

“A mulher pode ser o que ela quiser. Eu já fui inspetora, planejadora, programadora. Fui ferramenteira. E qual é o segredo? É buscar. É sonhar. É se capacitar. É ir atrás do que você quer e se impor diante de qualquer dificuldade, na certeza de que você vai conseguir. Nós somos capazes”. A fala motivadora, recheada de afirmações positivas sobre a atuação da mulher é da técnica mecânica da Usina de Carajás, em Parauapebas, Pâmella Almeida. Ela lidera a primeira equipe de vulcanizadoras de Carajás.

Para ela, uma equipe formada por mulheres é um marco histórico e mostra que a mulher vem trazendo competência para a área da mineração. “Trazer essa temática da diversidade é um desafio que eu acredito muito. Ter pessoas felizes e seguras, sendo o que elas são, é o que me motiva há 10 anos”, comemora.

Foto: Divulgação

Ao todo são 17 mulheres, entre vulcanizadoras e trainees, que atuam na manutenção de um dos equipamentos mais importantes no transporte de minério e produto dentro da operação de beneficiamento e expedição: as correias transportadoras. Quilômetros de correias fazem parte do transporte do minério entre mina, usina e embarque. São ativos de alta performance, ligando as diversas etapas produtivas das britagens nas minas, usina de beneficiamento, pátios de produto até o carregamento de vagões, com alta capacidade de produção e, ainda, redução da emissão de gases poluentes na operação para produção de minério.

Em Carajás, por exemplo, são 120 quilômetros de extensão de correias transportadoras, equivalente ao comprimento de uma fileira de 1.095 campos de futebol do Maracanã. No Complexo S11D (Serra Sul), em Canaã dos Carajás, a extensão das correias transportadoras chega a 68 quilômetros. E os profissionais responsáveis pela manutenção desses equipamentos são os vulcanizadores. A equipe liderada por Pâmella executa atividades importantes de emendar os trechos de correias, reparar danos e revestir tambores, consolidando uma extensa via de transporte de minério.

A trainee operacional, Jooj Thamia Bonfim Santos, 25 anos, avalia que está vivenciando uma oportunidade muito rica.  “É o meu primeiro emprego na área industrial e eu tenho crescido muito profissionalmente”. O mesmo sentimento é compartilhado pela trainee operacional, Daniela Silva, 22 anos. “A Vale está vendo com novos olhos que mulher pode estar na área operacional também. Me sinto muito feliz em estar na área de vulcanização, uma área onde todo dia a gente faz algo novo e temos uma equipe profissional que está nos capacitando da melhor forma possível. Somos 17 mulheres e um homem com deficiência auditiva. A Vale está investindo nisso, inclusão e diversidade”, destaca.

Investindo na Diversidade

Para tornar-se um ambiente atrativo para mulheres, a empresa, que é signatária dos Princípios de Empoderamento Feminino da ONU Mulheres, tem adotado uma série de iniciativas, a fim de promover a equidade de gênero e ambiente inclusivo onde todas e todos tenham oportunidades de crescer e se desenvolver em suas carreiras.  Em 2019, a Vale estabeleceu a meta de dobrar sua força de trabalho feminina até 2030, passando de 13% para 26%. Em 2020, a empresa teve aumento de 26% de mulheres na sua força de trabalho, totalizando 2.393 mulheres a mais na companhia. Também no ano passado houve o aumento de 56% na quantidade de mulheres como supervisoras na Vale no mundo. No Brasil, o aumento foi de 84%.

Outra iniciativa da Vale para se tornar um ambiente inclusivo é o Programa de Formação Profissional no Maranhão e no Pará, um dos principais programas porta de entrada para a Vale e que tem como objetivo preparar profissionais para atuarem em funções operacionais, contribuindo para diminuir as lacunas entre a oferta de vagas e a escassez de mão de obra qualificada na região. Na última seleção, realizada em 2020, dos 650 jovens recrutados, 550 são mulheres, um número expressivo e recorde no programa, que já é realizado desde 2004. A entrada de mulheres para ocupar essas funções que, historicamente eram ocupadas por homens, contribui para mudar esse cenário da indústria, agregar valor com a diversidade da forma de fazer, reduzir os estereótipos de gênero que ainda existem na mineração e evidenciar que existe sim o interesse das mulheres em construir uma carreira nessa indústria.

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