Ministério Público pede cassação do prefeito Darci Lermen em Parauapebas

O parecer do Ministério Público Eleitoral (MPE), publicado neste domingo (6), pediu a cassação do mandado de Darci José Lermen (MDB) e João José Trindade (PDT), o “João do Verdurão”, prefeito e vice da cidade de Parauapebas, no sudeste do Pará.

A dupla foi acusada de abuso de poder econômico pela coligação do então candidato Júlio César (PRTB), nas eleições de 2020. A chapa é suspeita de ter utilizado o “laranja” Marcelo Nascimento Beliche para doar R$ 500 mil para campanha, depois do período eleitoral, mesmo tendo declarado um pouco mais de R$ 40 mil no Imposto de Renda em 2019. Beliche vive sob proteção policial fora de Parauapebas.

No decorrer das investigações, o “laranja” mudou de lado e entregou toda a tramóia utilizada por Darci Lermen para vencer as eleições. O caso já foi manchete nacional no Programa Fala Brasil, da Rede Record, no dia 25 de junho de 2021. Nos últimos dias, o prefeito vem sofrendo um desgaste enorme junto à população da cidade devido a várias “vaciladas” de sua administração.

A viagem para Dubai, capital dos Emirados Árabes, com o objetivo de visitar a “Urban Planning – Expo Dubai” e conhecer novas tecnologias “pegou muito mal” diante da população, porque a cidade está jogada às traças, cheia de buracos e matagal. Nos últimos dias, a dupla Darci Lermen e Keniston Braga (PP), “homem forte do governo”, vem lidando com o retorno do vereador “Aurélio Goiano” (PSD), desafeto declarado, pela Justiça Eleitoral à Câmara Municipal de Parauapebas (CMP).

Na sexta-feira 25 de fevereiro de 2022, o juiz Celso Quim Filho, não aceitou os argumentos dos advogados de defesa, indagou duas testemunhas nos autos do processo e afirmou que daria seu parecer final a respeito do caso em cinco dia úteis. O prazo estipulado pelo magistrado termina no dia 9 de março de 2022 (quarta-feira). Neste domingo (6), o parecer do Ministério Público complicou ainda mais a vida de Darci Lermen.

“Em que pese os argumentos das Defesas de que houve prática de infiltração de pessoas para sabotar a campanha, não resta provas robustas de que houveram essas conversas, tão pouco da licitude do dinheiro doado. 

Vale ressaltar que não se trata de valor irrisório que não compromete a higidez da liberdade de  voto, mas um valor de mais de 25% do total gasto pelos Representados cuja a origem não restou cuja licitude da origem não restou comprovada, não sendo razoável a justificativa de que a doação poderia ser feita após o período de campanha, trata-se de se saber a origem dos recursos utilizados nas campanhas, de que elas não venham de fontes vedadas, de fontes ilícitas, como milícias e organizações criminosas, para que não se use as campanhas para lavar dinheiro do tráfico e de outras práticas criminosas, para assim se proteger a liberdade do voto. Ante o exposto, o Ministério Público Eleitoral manifesta-se pela procedência da presente representação”, narrou a promotora Crystina Michiko Taketa Morikawa.

Portal Debate vem acompanhando as investigações sobre o caso, desde o ano de 2020, e sempre afirmou que existem provas suficientes, nos autos, para cassar o mandado de Darci Lermen e “João do Verdurão” porque as provas são bastante robustas. Na Câmara Municipal, a maioria dos vereadores, pertencentes ao “baixo clero”, torce pela queda da dupla forte da política de Parauapebas devido a arrogância e prepotência no trato com os parlamentares.

Resta saber se o juiz Celso Quim Filho vai “engolir sugestas” e inocentar Darci Lermen. No entanto, nos bastidores da política, os mais experientes já dão como certa a cassação do prefeito. Resta saber se ele vai ter força política suficiente para reverter o caso no Tribunal Regional Eleitoral (TRE), em Belém. Como em política, o “boi costuma voar”, vamos aguardar a “canetada” do magistrado. (Portal Debate)

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