O prefeito de Parauapebas, Aurélio Goiano, enfrentou nesta semana a primeira mobilização de servidores públicos de sua gestão. O protesto, ocorrido na quarta-feira (10), marcou os 100 dias de governo e foi encerrado nesta quinta-feira (11), após forte repercussão e debates públicos. Apesar do embate inicial, a Prefeitura confirmou que retomará a mesa de negociações com os sindicatos, com base em uma proposta concreta já apresentada.
A atual proposta da gestão prevê:
- Reajuste de 4,62%, conforme o índice do IPCA acumulado;
- Pagamento do retroativo dividido em quatro parcelas, a partir de maio;
- Reestruturação das gratificações e revisão de benefícios por categoria, com foco inicial nas áreas da saúde e educação.
A equipe técnica da prefeitura afirmou que os percentuais foram definidos com base na responsabilidade fiscal, levando em conta o equilíbrio orçamentário e a capacidade de execução do município. Segundo o governo, qualquer aumento além disso colocaria em risco a saúde financeira da cidade.
“Vamos negociar com seriedade, não com gritaria”, diz Aurélio
Durante o ato, o prefeito Aurélio Goiano enfrentou ataques verbais e acusações de lideranças sindicais, mas manteve a firmeza. Em pronunciamento oficial após o fim da paralisação, o prefeito declarou que seguirá aberto ao diálogo, mas deixou claro que as negociações devem ocorrer com seriedade, transparência e responsabilidade.
Controle e reestruturação administrativa
A gestão Goiano iniciou desde janeiro uma série de auditorias internas, revisão de contratos e combate a privilégios herdados de administrações anteriores. A reestruturação tem gerado resistência de grupos acostumados com influência política dentro da máquina pública, segundo fontes da prefeitura.
Durante a manifestação, o prefeito afirmou que não aceitará chantagens travestidas de reivindicações e que continuará firme nas mudanças necessárias para devolver o controle e a eficiência à administração municipal.
Nova etapa de pacificação institucional
Com o fim da paralisação e a confirmação da reabertura da mesa de negociação, a Prefeitura busca agora avançar em pautas prioritárias para a população, como investimentos em saúde, educação, mobilidade urbana e geração de empregos.
A expectativa é que os encontros com os sindicatos se concentrem em ajustes técnicos e legais dentro da proposta vigente, sem ameaças à governabilidade.