Marabá: Praia do Tucunaré recebe primeira competição de Aquathlon

Foto: Osvaldo Henriques

Era cedo da manhã de domingo, dia 24, quando os atletas começaram a se preparar para o 1º Aquathlon Beach de Marabá. A competição de biathlon, que foi realizada na Praia do Tucunaré, envolveu um quilômetro de natação e três quilômetros de corrida na areia. Um novo tipo de esporte, organizado pela empresa Top Ter, com apoio da Secretaria Municipal de Esportes (Semel), que tem ganhado cada vez mais adeptos na cidade.

“É uma prova muito desafiadora, com muitos obstáculos a serem contornados pelos atletas. Feliz pelos que acreditaram no projeto. Esse evento se tornará tradição em Marabá”, avalia Emerson Vale, organizador da prova.

Emerson conta que o evento foi uma espécie de evento teste para entrar na Liga Paraense de Triathlon. “Fica a certeza que esse evento entrará para Liga. Hoje vemos como iríamos nos comportar e trouxemos credibilidade para entrar”, comemora.

A competição contou com participantes de outras cidades, como Imperatriz e Rio de Janeiro. O grande vencedor da prova foi Igor Matheus Gomes, 31 anos, o mato-grossense, que reside na capital carioca, concluiu o percurso em 35 minutos e 25 segundos. Ele terminou a parte da natação em segundo lugar, mas conseguiu ultrapassar o adversário e concluir o percurso com três minutos de vantagem do segundo colocado.

“Prova foi dura, a natação foi bem pesada e a corrida na areia é bem cansativa. Busquei o meu melhor e achar o caminho para a corrida. A prova estava muito bem organizada e foi um prazer participar”, reitera, destacando que está gostando de conhecer a cidade. “Bem legal, conheci a praia hoje, tem um clima gostoso. Tenho costume de participar de provas de triathlon e não podia perder a oportunidade”, reitera.

Participantes

Apesar de ser uma competição que exige um esforço físico acima do normal, a prova contou com um público variado. O advogado Antônio Gomes, de 48 anos, terminou em sétimo lugar, com 46 minutos e 30 segundos de prova, e revela que sofreu para concluir o percurso.

“Como esperado foi uma prova bem difícil pelo tipo de trajeto. Na água foi tranquilo sem marola, mas a corrida na areia é o dobro ou o triplo do esforço de uma corrida no asfalto.  Sem falar que oscila muito, às vezes mais duro, às vezes mais fofo. Foi muito desafiador, bem legal ter concluído”, disse Antônio, que voltou a treinar a 2 meses.

A fisioterapeuta Larissa Brito Macieira foi a única mulher a participar da competição e cobrou maior participação das mulheres da cidade. “Venham participar. Não tenham medo. Exige muita força, mas é um ótimo evento. Pretendo participar dos próximos e que as mulheres tenham mais iniciativa de vir também”, afirma.

Larissa terminou em oitavo lugar na classificação geral e explica que foi a primeira vez que participou deste tipo de competição. “Já estava acostumada a fazer a travessia do rio antes, mas essa é a primeira vez que estou nadando e correndo na areia. É diferente, exige mais do corpo, tem muita tração e tem que forçar mais, mas  a natação foi tranquila, agora a corrida foi puxada”,  explana.

Larissa ouvia os gritos de “Girl Power”, quando passava pela área de retorno e chegada da prova, e compartilhou um pouco das estratégias para conseguir terminar a prova. “Tentei vários tipos de estratégia, como chapar o pé no chão, porque é diferente de correr no asfalto, procurei os lugares mais duros, mas é diferente e acaba afundando, exige muito”, pondera, explicando que também revezou o nado durante a prova de natação, como nado crawl e nado de costas.

A realização da prova foi bem segura, com bombeiros acompanhando o trajeto nas lanchas, água e alimentação com frutas para os participantes. “Segurança em primeiro lugar. Pegamos todos os alvarás, conversamos com o pessoal do meio ambiente, postura, órgãos de segurança, secretaria de esporte e tivemos todo suporte”, relata Emerson.

Texto: Osvaldo Henriques

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