Governo do Pará propõe união na construção de caminhos para a preservação da Amazônia

Foto: ascom/SEMAS

A construção de caminhos para a preservação da Amazônia, mantendo a cobertura vegetal e sua diversidade, mas incluindo alternativas para melhorar a qualidade de vida dos seus milhões de habitantes, precisa da participação da Igreja, dos governos e da sociedade, enfatizou o governador do Pará, Helder Barbalho, em seu pronunciamento no encontro promovido pela Pontifícia Academia de Ciências do Vaticano e governadores da Amazônia brasileira, na manhã desta segunda-feira (28).

“Se não formos capazes de encontrar solução para esses milhões de brasileiros, certamente, cada um vai procurar sua alternativa, seja da nossa flora e da nossa fauna. Dito isto, quero fazer o chamamento de atenção das comunidades tradicionais, e que possam ser olhadas de forma prioritária. É fundamental a preocupação, para que não haja uma tentativa de exclusão de quem tem por direito a preservação de sua cultura e de suas raízes”, destacou o governador paraense, que integra uma comitiva de chefes de Executivo da Amazônia e do nordeste. Todos se pronunciarão, ressaltando as características de suas regiões.

O governador do Pará ressaltou a importância do agronegócio no Estado, uma das atividades mais expressivas da economia paraense, e apresentou diretrizes que possam manter essa economia sustentável, valorizando a floresta em pé.

Helder Barbalho destacou o desafio da sociedade, a colaboração da Igreja e dos governos para a construção de uma região econômica e com caminhos efetivos para a vida da floresta. Por fim, ressaltou que 23 milhões de brasileiros vivem na Amazônia e necessitam de acesso a serviços essenciais, como abastecimento de água, saúde pública e saneamento, e que cada governo precisa pensar nas soluções sustentáveis para manter o equilíbrio das populações dessa região.

Fundo estratégico – O governador paraense apresentou aos participantes o Fundo Amazônia Oriental (FAO), destinado à captação de recursos nacionais e internacionais para implementação de políticas, programas e projetos estratégicos para o desenvolvimento sustentável da Amazônia. Ele já havia apresentado o FAO em outro evento no exterior, na Conferência Internacional sobre Preservação da Amazônia, que ocorreu em Nova Jersey, Estados Unidos, nos dias 17 e 18 de outubro.

O secretário de assuntos de Soberania Nacional e Cidadania do Ministério das Relações Exteriores do Brasil, Fábio Mendes Marzano, abriu a discussão sobre o comprometimento que o Brasil tem assumido nas reuniões internacionais sobre meio ambiente e preservação da floresta amazônica. “Quero enfatizar que o governo brasileiro reconhece a importância dessa discussão, e segue de perto todos os instrumentos de acordos internacionais existentes. No acordo de Paris, por exemplo, o Brasil esteve lá e negociou ativamente, e assumiu o compromisso que dentre todos os países em desenvolvimento é o único  que produz metas absolutas de redução de suas emissões”, afirmou o representante do governo brasileiro.

No encerramento do Sínodo da Amazônia, o Papa Francisco anunciou a criação de um órgão dentro da Santa Sé dedicado aos cuidados com a Amazônia. O departamento deverá ficar dentro do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral, sob o comando do cardeal Peter Turkson, de Gana.

Também integram a comitiva do Pará o secretário de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Mauro O’de Almeida, e o presidente da Assembleia Legislativa do Pará, deputado Daniel Santos.

“É preciso ter um olhar para Amazônia. O próprio sínodo reafirmou que os países desenvolvidos precisam reduzir suas emissões de CO2 e devolver em recursos financeiros aos países que tem floresta amazônica para que sejam realizados investimentos na economia que favoreça a manutenção da floresta”, avaliou o Secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Mauro O’de Almeida.

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