Quando o ano começou, o prefeito de Parauapebas, Aurélio Goiano decidiu que era hora de apertar o passo. Em pleno janeiro, com a cidade ainda acordando das festas de fim de ano, veio a medida que sacudiu a rotina da administração municipal: jornada de oito horas para os servidores.
A escolha, apesar de polêmica, foi necessária. Aurélio sabia que precisava de mais presença, mais entrega, mais foco. E assim foi janeiro, fevereiro, março, abril servidores em expediente estendido, gestores revendo processos, tentando fazer girar com mais agilidade a engrenagem da cidade. Foi um tempo de reorganização interna, de fazer andar o que estava parado, de cobrar resultado.
Mas maio chegou. E com ele, uma nova leitura da realidade. Em live nesta quinta-feira (8), Aurélio soltou o Decreto 2.425 que traz o ajuste: a jornada de trabalho dos servidores da administração direta e indireta volta a ser de seis horas corridas, das 8h às 14h.
Não é uma marcha à ré. É um passo lateral e inteligente. Ao contrário do que alguns poderiam interpretar, a decisão não anula o esforço dos primeiros meses. Pelo contrário, ela reconhece que aquele tempo mais apertado foi necessário para arrumar a casa. Agora que os setores se alinharam, que os fluxos começaram a andar com mais fluidez, a gestão entende que é possível e desejável retomar o formato anterior.
A nova norma também respeita as particularidades de cada setor. Obras, saúde, serviços essenciais continuarão com seus próprios ritmos. Mas o recado geral é claro: eficiência não se mede apenas no relógio, mas no resultado.
Aurélio começou o ano com pulso. E agora, mostra que também tem ouvido. A decisão de maio não desdiz a de janeiro. Apenas mostra que, em política e gestão, o tempo certo das coisas faz toda a diferença.
E talvez seja esse o maior sinal de maturidade de um governo: saber quando apertar e quando afrouxar. Quando acelerar e quando deixar o tempo trabalhar a favor.
