Aurélio Goiano chegou à política de Parauapebas como um nome de fora do círculo tradicional. Com apenas dez anos de moradia na cidade, foi eleito vereador em 2020 com 1.508 votos, ficando na 11ª colocação entre os 15 eleitos. Um estreante, sem sobrenome político e sem máquina, mas com um discurso direto e, muitas vezes, combativo.
Durante seu mandato como vereador, ficou conhecido por fazer oposição ferrenha, muitas vezes sozinho. Uma de suas promessas mais firmes era clara: se um dia fosse prefeito, nenhum vereador teria cargo de comando em secretarias municipais.
Promessa feita, promessa mantida.
Em 2024, Goiano venceu a eleição para a prefeitura de Parauapebas com 92.073 votos, o equivalente a 58,52% dos votos válidos. Um salto gigantesco comparado aos 42.726 votos que obteve como candidato a deputado federal em 2022, campanha que fez, literalmente, em cima de uma caminhonete, sem grande estrutura, mas com discurso forte.
Agora, como prefeito, ultrapassa seis meses de governo sem ceder secretarias a vereadores. Aurélio Goiano parece disposto a seguir seu próprio roteiro. E até aqui, cumpre o que dizia no microfone quando poucos escutavam: “Vereador fiscaliza, não governa”.
O tempo dirá se a aposta dará certo. Mas uma coisa já é certa: em Parauapebas, os seis primeiros meses de governo têm sido diferentes.