Na última sessão(24) da votação de requerimentos da CPI sobre o Movimento dos Trabalhadores sem Terra (MST) ouve diversos ‘bate bocas’ entre parlamentares da oposição e da base governista que defendem o movimento. Um dos atritos que se destaca foi entre o deputado federal pelo PL do Pará, Eder Mauro, e da deputada Federal pelo PSOL do Rio, Talíria Retrone, que em seu momento de defesa pediu um minto de silêncios pelos membro do MST que foram mortos em confronto com a militares no município de Pau D’Arco(PA).
No momento de se dedicar ao minuto de silêncio, o parlamentar do PA pediu questão de ordem e interveio, afirmando que não ficaria calado durante o momento e proferiu diversas palavras, afirmando que os mortos pela polícia eram ‘bandidos’.
Confira o momento abaixo registrado por um dos presentes:
Delegado Éder Mauro se recusou a fazer um minuto de silêncio para dez trabalhadores rurais mortos por policiais em Pau d'arco (PA). Durante protesto de deputados do PSOL, ele os chamou de "bandidos". Um relatório da Câmara chamou o incidente no Pará de "chacina". pic.twitter.com/HHGFOFwQaj
— Levy Teles (@Levynho_) May 24, 2023
Após o conflito, Éder Mauro, usou a palavra por ser citado em outro discuro:
https://www.youtube.com/watch?v=qrw8E_YNH1c
Esta é uma das coisas mais inacreditáveis que o parlamento brasileiro já presenciou: o deputado Eder Mauro (PL-PA) impediu que a #CPIdoMST fizesse um minuto de silêncio em respeito aos 10 trabalhadores do@MST_Oficial
assassinados em Pau D'Arco (PA). https://t.co/63El3MxAH3— Carlos Ribeiro (@CARLOSRIBEIROAD) May 25, 2023
Relembre o Conflito em Pau D’Arco(PA):
O conflito ocorrido com o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em Pau D’Arco foi um evento trágico que ocorreu no dia 24 de maio de 2017, no estado do Pará, Brasil. O conflito resultou na morte de dez trabalhadores rurais sem-terra e dois policiais militares.
De acordo com relatos, o conflito ocorreu durante uma ação de desocupação de terras que haviam sido ocupadas pelo MST. A polícia alegou que os sem-terra teriam reagido à ação policial com violência, o que levou ao confronto. No entanto, há controvérsias sobre a versão oficial apresentada pelas autoridades.
Após o confronto, uma investigação foi aberta para apurar as circunstâncias e responsabilidades pelo ocorrido. Em 2018, a Polícia Federal concluiu o inquérito e indiciou dez policiais militares pelos homicídios. Segundo a investigação, os trabalhadores rurais foram executados após terem se rendido. O Ministério Público também denunciou os policiais militares envolvidos no caso.
Esse conflito gerou repercussão nacional e internacional, chamando a atenção para os problemas relacionados à questão agrária no Brasil, especialmente a luta pela reforma agrária e a concentração de terras. O caso de Pau D’Arco levantou discussões sobre a violência no campo e a necessidade de soluções pacíficas para os conflitos agrários.