Primeira reunião para discutir implantação de Siderúrgica em Marabá

Foi realizada na ultima segunda-feira, dia 7, a primeira reunião do grupo de trabalho para discutir a implantação do complexo siderúrgico de Marabá. Na ocasião, representantes da companhia argelina Cevital apresentou formalmente projeto de uma siderúrgica no valor de U$ 900 milhões, em parceria com a Vale.

A reunião aconteceu na sede da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia, iniciou às 8 horas e só encerrou ao meio dia. O grupo de estudo tem dez membros, envolvendo representantes do governo do Estado, Vale, Assembleia Legislativa, Federação das Indústrias do Pará, Associação Comercial e Prefeitura de Marabá.

Pelo governo do Estado participaram da reunião os secretários de Estado Adnan Demachki (Desenvolvimento Econômico) e Alex Fiúza de Mello (Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia); pela Cevital Achur Iskounen, gerente de Projetos Financeiros; A Vale enviou Galib Chaim, diretor executivo de Projetos de Capital; pela Assembleia Legislativa foi seu presidente Márcio Miranda; O Simineral esteve representado por seu presidente José Fernando Gomes Júnior; O município de Marabá pelo prefeito João Salame Neto; e a Associação Comercial e Industrial de Marabá pelo presidente Ítalo Ipojucan.

Em parceria com a argelina Cevital, mineradora tem “novo” projeto siderúrgico para Marabá, mas com menos da metade dos empregos, o investimento geraria dois mil empregos diretos, além de 10 mil indiretos, quando em operação. Acontece que a Alpa geraria 5.300 empregos diretos durante a fase de operação e outros 16 mil indiretos. Em outras palavras, a nova siderúrgica seria uma “Alpinha”, se comparado com o empreendimento anunciado em 2008 pela Vale e que deveria iniciar a produção em 2014. Mas o que existe de concreto é um terreno onde foi realizada terraplanagem e que está virando um fantasma de si mesmo.

A intenção é implantar o novo empreendimento na planta que foi preparada para a Alpa (Aços Laminados do Pará) e Achur sugeriu que a Vale participe do negócio com aporte financeiro entre 20% a 25% do investimento dos 900 milhões de dólares previstos para  produzir  nova planta placas de aço planos laminados e esta, por sua vez, atrairia empresas de menor porte para orbitar em torno dela, consumindo parte de sua produção, com fábricas de colher, faca e fogão, por exemplo.

O representante da Cevital disse que para tornar o projeto viável será necessário o governo do Estado conceder incentivos fiscais e ainda que a Vale faça um preço diferenciado no minério e ainda abra espaço para escoação da produção pela Estrada de Ferro Carajás como plano B, caso o derrocamento do Pedral do Lourenço não seja viabilizado no prazo hábil.

A Cevital se comprometeu com dez condicionantes e ficou definido, ao final das discussões, que uma nova reunião – agora de natureza técnica – será realizada no dia 21 deste mês na sede da Vale, no Rio de Janeiro, para detalhar o projeto. Marabá será representada por um engenheiro da Sinobras, que tem amplo conhecimento em instalação de siderúrgica.

A decisão sobre a instalação da nova siderúrgica, segundo informou o prefeito João Salame, é para ser tomada até final de janeiro. “Até agora, não se falou em prazo para iniciar nem para conclusão do projeto. Estamos discutindo ainda a viabilidade. Os argelinos estão levando a sério este projeto e acho que será uma boa alternativa para Marabá e região”.

No dia 11 de janeiro de 2016, uma terceira reunião está agendada para ocorrer na Câmara Municipal de Marabá com ampla participação popular, em que o projeto deverá ser apresentado integralmente à comunidade. “Estou esperançoso porque o grupo argelino está determinando. Eles possuem a segunda maior siderúrgica da Itália”, disse Salame.

 

Portal Canaã com informações de Ulisses Pompeu

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