Após quase duas semanas de confronto direto entre Israel e Irã, o cenário geopolítico internacional está em alerta máximo. O conflito — que se intensificou com bombardeios, ataques de drones e mísseis, e até ações coordenadas com apoio externo — revela não só o confronto entre duas potências regionais, mas também o envolvimento direto e indireto de outros países com interesse estratégico na região.
A seguir, um panorama das principais atuações e posicionamentos neste conflito:
🇮🇱 Israel: ofensiva com apoio tecnológico e militar avançado
- Objetivo: Neutralizar o programa nuclear iraniano e eliminar líderes do IRGC (Guarda Revolucionária Iraniana).
- Ações:
- Bombardeios de precisão em Teerã, Isfahan, Natanz e Fordow.
- Ataques cirúrgicos contra instalações nucleares e centros de comando.
- Operações com apoio de drones, caças e mísseis de longo alcance.
- Resultado até agora: Israel afirma ter neutralizado ao menos 20 alvos estratégicos e eliminado altos oficiais iranianos.
🇮🇷 Irã: retaliação com mísseis e ameaça ao comércio global
- Resposta militar:
- Lançamento de mais de 300 mísseis e drones contra cidades israelenses.
- Ataques a bases americanas no Catar e ameaças de bloqueio ao Estreito de Ormuz.
- Impacto:
- Alta mortalidade civil e militar no país (mais de 600 mortos).
- Instalações nucleares danificadas, recuo estratégico parcial.
- Discurso oficial: “Resistência total até que o inimigo recue”, segundo líderes em Teerã.
🇺🇸 Estados Unidos: intervenção direta e diplomacia tensa
- Ação militar:
- Ataques aéreos a instalações nucleares iranianas em coordenação com Israel na chamada Operação Midnight Hammer.
- Diplomacia:
- Mediação do cessar-fogo em 23 de junho (já violado).
- Pressão por trégua, mas sem abandonar apoio a Israel.
- Declarações de Trump:
- “O Irã foi neutralizado nuclearmente.”
- “Israel agiu em legítima defesa.”
🌍 Demais países e organismos internacionais
🇷🇺 Rússia e 🇨🇳 China:
- Condenaram os ataques dos EUA e Israel.
- Acusam Washington de escalar o conflito e ameaçam consequências econômicas e diplomáticas.
🇧🇷 Brasil:
- Condenou os bombardeios e exigiu respeito à soberania iraniana.
- Defendeu solução diplomática e cessar-fogo imediato.
🕊️ ONU e AIEA:
- ONU: Convocou reunião extraordinária do Conselho de Segurança, sem consenso até o momento.
- AIEA: Confirmou danos “severos” ao programa nuclear iraniano, mas descartou risco imediato de desastre nuclear.
🔍 Análise final: Guerra ainda longe do fim?
Mesmo após o anúncio de trégua, a instabilidade permanece total. Israel segue em estado de prontidão, o Irã promete revanche e a diplomacia internacional ainda não consegue conter a tensão.
Risco real de ampliação: Se Hezbollah (Líbano), Houthis (Iêmen) ou milícias iraquianas entrarem na linha de frente, a guerra pode ganhar proporção regional — ou global.