Nos últimos dias, a notícia divulgada pelo Portal Canaã sobre o projeto Novo Carajás sacudiu a região. Para os mais pessimistas, que diziam: “O minério está acabando em Parauapebas”, a novidade caiu como um balde de água fria. Afinal, os investimentos anunciados pela Vale são robustos: R$ 70 bilhões entre 2025 e 2030.
Nossa reportagem do Portal Canaã pegou a estrada e foi até a N5 para acompanhar de perto o anúncio feito pela Vale na tarde desta sexta-feira (14). O evento contou com a presença do presidente da Vale, Gustavo Pimenta, do governador Helder Barbalho, do presidente Lula e de diversas autoridades, reforçando a relevância do projeto para o cenário econômico e social do Brasil.
Parauapebas sempre viveu à sombra do minério. Quem nunca ouviu vozes preocupadas prevendo um futuro incerto quando a exaustão das minas fosse inevitável? Mas eis que surge o Novo Carajás, desmentindo os céticos e trazendo consigo um novo horizonte para a cidade. Mais do que números astronômicos, esse anúncio reacende sonhos e renova a confiança em dias melhores.
Nos becos, nos bares e nas rodas de conversa, o assunto não poderia ser outro. “Vai ter emprego?” “O comércio vai crescer?” “E as oportunidades para os jovens?” Perguntas como essas pipocam, carregadas de expectativa. O Novo Carajás é um capítulo decisivo na história da “Capital do Minério”.
Com a promessa de 200 milhões de toneladas anuais de minério de ferro até 2030 e uma produção de cobre crescendo 32%, a cidade se prepara para viver um novo ciclo de prosperidade. O PIB do Pará pode saltar entre R$ 80 e R$ 100 bilhões anuais, e permitirá um aumento de R$ 15 bi nas exportações do estado.
Mas há um outro lado dessa moeda brilhante. Como garantir que essa riqueza se reverta em melhorias reais para a população? Como evitar os erros do passado, quando o progresso parecia distante para muitos? São reflexões que ecoam por Parauapebas, onde o minério não é apenas rocha escavada, mas o fio condutor de milhares de vidas.
O Novo Carajás está vindo com força, e Parauapebas se vê novamente diante do espelho do destino. Entre esperanças e desafios, resta a certeza de que a cidade continuará girando em torno de sua vocação mineral. O futuro, agora, tem nome e cifras. E, mais uma vez, tudo recomeça.
