Qual o impacto na receita de Canaã dos Carajás com a paralisação do Sossego?

Aqui faço uma análise comparativa de dados atuais e dos último ano.
© Jorge Clésio

Diante da tensão envolvendo a paralisação do Projeto Sossego em razão de briga processual e política com o governo do Pará, surgem diversas especulações sobre os impactos da mina na economia de Canaã dos Carajás, seja ela direta e indiretamente. É o que tentaremos desvendar aqui.

Atualmente, Canaã dos Carajás é o maior exportador do Pará e o minério de Ferro é o principal responsável por manter o município nesta posição, logo é o maior gerador de receita do município, oriundo do projeto S11D. O minério de ferro representa 94% desta receita. Em 2023, representou 92%.

Já o Projeto Sossego, que foi o primeiro projeto minerário do município, responsável sobretudo pela melhoria da infraestrutura da região, já foi a principal fonte de receita de Canaã, mas hoje representa apenas ~6% do total de exportações.

Entre janeiro e abril, Canaã dos Carajás exportou R$2 bilhões em minério de ferro, enquanto as exportações de cobre somaram apenas R$ 128 milhões. Durante esse período de conflito, a exportação de cobre caiu 24%.

Em 2023, os números foram de R$5,9 bilhões em minério de ferro e R$ 533 milhões em cobre, representando 92% e 8,3%, respectivamente.

Quando se fala em Royalties, que são a compensação do município pela exploração do minério, no mês de maio, Canaã já recebeu a bagatela de R$60 milhões para investimentos em infraestrutura, considerando que apenas 6% advém da exploração de Cobre, o valor seria R$3,6 milhões.

Importância no Estado:

O Pará hoje é o maior exportador de Cobre do Brasil, com uma participação de 70% (RS$814 milhões), seguido por Goiás com 12% e Bahia com 10%. Dos setenta por cento do Pará, 15% (R$S128 milhões) é originário de Canaã dos Carajás.

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