Mineradora RMB inicia licenciamento ambiental do projeto de manganês no sudeste do Pará

Planta de beneficiamento do empreendimento no município de Curionópolis

Mineradora RMB vai investir na verticalização da produção de manganês para tornar o estado, o maior produtor de insumos para o agronegócio. Empreendimento vai gerar   cerca de 500 empregos diretos e mais 2 mil indiretos na região de Marabá, Eldorado dos Carajás, Curionópolis e Parauapebas.

O passo decisivo para implantação do empreendimento foi a assinatura de um termo de compromisso entre a mineradora e a Secretária de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Estado do Pará (Semas), que concedeu licenças prévia e de Operação – que atestam a viabilidade  ambiental da pesquisa mineral com lavra experimental.

A mineradora assumiu o compromisso de entregar em dezoito meses Estudos de Impacto Ambiental (EIA/RIMA) para delimitar área de influência do projeto. Os estudos também irão definir mecanismos de compensação e mitigação em decorrência da implantação do empreendimento conforme a legislação vigente.

Com licenciamento ambiental em andamento, a mineradora estima obter a portaria de lavra nos próximos dois anos. Isso vai permitir o aporte de 50 milhões de dólares para implantação da mina, planta de beneficiamento e construção de fabricas para agregar valor ao minerário extraído no estado, gerando cerca de 500 empregos diretos e outros 2 mil indiretos na região sudeste do Pará.

Em seu plano estratégico a mineradora pretende se consolidar como uma das principais empresas do segmento de manganês no país.  Para isso delineou uma audaciosa estratégia para desenvolver novos produtos à base do minério, como sulfato, hidróxido e carbonato de manganês para atender o agronegócio, dependente da importação de insumos; além de briquetes concentrado com 45% de manganês destinado ao setor siderúrgico.

“Nosso compromisso é implantar o empreendimento de maneira responsável, promovendo harmonia com meio ambiente e comunidades no entorno do projeto, sempre com um olhar voltado para a sustentabilidade, pois temos convicção da capacidade de desenvolvimento que um empreendimento desse porte de oferecer para a região”, afirma Samuel Borges, CEO do Grupo RMB.

Borges destaca que a mineradora tem investido pesado em novas tecnologias para desenvolver equipamentos e novos produtos do minério de manganês.  Segundo ele, um dos fatores que pesou na decisão de verticalizar a produção de manganês no Pará se deve a sua forte ligação com estado.

“Cheguei ao Pará há 40 anos com minha família.  Meu pai tinha uma fazenda em Canãa, onde cresci, foi aqui que comecei minha trajetória empresarial”, diz, acrescentando que sempre teve vontade de deixar um legado e o projeto de verticalização e a oportunidade que tem em contribuir para o “desenvolvimento de uma região rica, mas ao mesmo tão carente”, conta o executivo.

Aquisição de ativos da Vale em outra frente, a RMB adquiriu da Vale ativos de manganês no estado, que acrescentam novas reservas ao portifólio da mineradora.  “Essa aquisição permite a empresa agregar valor na produção de manganês. Vamos beneficiar e industrializar o minério no próprio estado”, afirma Borges, destacando que a negociação com a Vale levou 5 anos para ser concluída.

A mineradora informou também que a Agência Nacional de Mineração (ANM) está avaliando o Plano de Aproveitamento Econômico (PAE) do empreendimento que possui reserva cubada   que ultrapassa 10 milhões de toneladas. “Nosso projeto terá um melhor aproveitamento de teor mineral, concentrando minérios de baixo teor e produzindo briquetes de manganês com alto teor, que denominamos B45”, diz Borges.

Investidores

a mineradora já está conversando com diversos investidores internacionais interessados em participar do projeto B45, para começar em breve a processar o rejeito de manganês e transformá-lo em briquetes de alto teor. “Vamos revolucionar a maneira de processar minério de manganês no Brasil, com aproveitamento total dos rejeitos”, explica   Borges.

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