A Komatsu global anunciou esta semana que chegou a 700 o número de caminhões autônomos em operação em todo o mundo com o sistema FrontRunner. Cem deles são do modelo 980E-AT, um dos maiores equipamentos basculantes de ultraclasse do mundo, capaz de transportar 400 toneladas.
O 700º caminhão AHS (Autonomous Haulage System, em Português Sistema Autônomo de Transporte) foi implantado na mina de cobre Lomas Bayas da Glencore, no Chile, que introduziu o Komatsu AHS pela primeira vez em novembro de 2023. Este marco é uma conquista significativa para a Komatsu, que iniciou o teste AHS em 2005 e implementou o primeiro equipamento comercial do mundo em janeiro de 2008. Desde então, a empresa já implantou seus caminhões autônomos em 23 minas, em cinco países, transportando mais de sete bilhões e meio de toneladas métricas de materiais.
“Nossos primeiros caminhões autônomos na região já estão operando. Isso significa a conclusão da primeira etapa deste grande projeto, que pode se estender para outros locais, levando o benefício do que está sendo conduzido aqui hoje”, disse Abraham Chahuán, diretor de Ativos de Cobre da Glencore na América do Sul.
“Expressamos nossa profunda gratidão ao inestimável espírito de parceria da Glencore, que lidera a implantação bem-sucedida do AHS na mina de cobre Lomas Bayas. O FrontRunner está trazendo operações de minas mais seguras, confiáveis e consistentes, ao mesmo tempo em que reduz os custos operacionais e aumenta a produção. A Komatsu continua comprometida em fornecer soluções de qualidade aos nossos clientes”, disse Masayuki Moriyama, presidente global da Divisão de Negócios de Mineração da Komatsu.
A Komatsu permanece empenhada em ajudar os clientes a atingir os seus objetivos, como melhora na segurança e redução de emissões de gases com efeito de estufa, por meio da utilização da tecnologia AHS. Este compromisso está refletido no plano de gestão de médio prazo da Komatsu, tendo o valor Dantotsu – palavra japonesa que representa os conceitos de único e inigualável – para o crescimento sustentável, ou seja, a criação de valor para o cliente que gera um ciclo positivo de melhoria nos lucros e nas resoluções ESG. A Komatsu continuará a se esforçar para criar novos valores a fim de dar passos firmes em direção ao próximo estágio do local de trabalho do futuro, de fora sustentável para a próxima geração.
Segurança das operações e pessoas
Os equipamentos automatizados e operados remotamente não só aumentam a segurança das operações e protegem as pessoas, mas também oferecem benefícios ambientais notáveis. Por meio de uma gestão operacional contínua, possibilitada pelo controle autônomo, é viável prolongar a durabilidade dos equipamentos e de seus componentes. Destaca-se também o aumento de aproximadamente 40% na vida útil dos pneus e uma diminuição de até 13% em manutenções gerais, resultando em menos resíduos quando comparado às operações convencionais. Como resultado, as operações autônomas e teleoperadas contribuem para a diminuição da emissão de gases nocivos ao meio ambiente.
Adicionalmente, a maior estabilidade da operação, resultando em menor frequência de interrupções para manutenção ou trocas de turno em máquinas autônomas, eleva a produtividade em até 15%. “Observamos que a automação impacta positivamente em todas as fases do processo produtivo. Por exemplo, os custos com carregamento e transporte de materiais caem até 15% em relação às operações que utilizam máquinas tripuladas. Em condições de baixa visibilidade, como chuva ou neblina, comuns na região Norte do País, os caminhões autônomos conseguem operar com segurança, o que também favorece a produtividade”, analisa Ricardo Alexandre Vieira dos Santos, vice-presidente da Divisão de Equipamentos de Mineração da Komatsu.
O uso eficiente dos equipamentos gerenciados pelo Sistema Autônomo Komatsu com a capacitação de pessoas resulta em um desempenho mais estável dos caminhões, com maior eficiência operacional e traz ganhos do ponto de vista técnico, de segurança e sustentabilidade, como, por exemplo, a redução do consumo de combustível. Isso leva a uma emissão menor de CO2 (para cada litro de diesel economizado aproximadamente 2,6 kg de CO2 deixam de ser emitidos) e também diminui a liberação de partículas poluentes na atmosfera.
Testes e operação comercial
A Komatsu realizou o primeiro teste de caminhão autônomo no Japão em 1990. Implementou a tecnologia no Chile (2005), Austrália (2008), Canadá (2013) e Brasil (2019). A Vale foi a primeira parceria no Brasil a implantar caminhões autônomos na mina de Carajás (PA). Primeiro caminhão autônomo entrou em operação no País em setembro de 2021. Hoje são 14 em operação.