Em 2024, Canaã dos Carajás despontou como um gigante das exportações brasileiras, alcançando a marca de US$ 6,7 bilhões e deixando para trás sua vizinha Parauapebas, com uma diferença de US$ 457 milhões. O levantamento foi realizado por Wesley Oliveira, analista de dados, com base nos números do ComexStat, ferramenta oficial do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).
O desempenho de Canaã garantiu ao município o 3º lugar no ranking nacional de exportações, atrás apenas do Rio de Janeiro (US$ 25,8 bilhões) e Duque de Caxias (US$ 15,7 bilhões). Esse resultado não foi por acaso: 91% do valor exportado por Canaã veio do minério de ferro do S11D. O principal destino foi a China, responsável por absorver US$ 4,5 bilhões das exportações, uma relação comercial que reforça a importância do mercado asiático para o Pará.
A trajetória ascendente de Canaã reflete o avanço de um município que, até poucos anos atrás, vivia à sombra de Parauapebas, tradicional referência na mineração. Enquanto Parauapebas ainda sustenta sua força como pioneira na extração mineral, Canaã tem mostrado uma impressionante capacidade de crescimento, saltando da 5ª para a 3ª posição no ranking nacional em apenas um ano.
Essa rivalidade silenciosa entre os dois municípios, no entanto, tem um ponto em comum: ambos são movidos pelo minério, elemento que não só sustenta suas economias, mas também projeta o estado do Pará no cenário econômico global. Juntas, Canaã e Parauapebas mostram que o Pará não é apenas um ator relevante no mercado de exportações, mas também uma peça-chave na relação comercial entre o Brasil e países como a China.
O desempenho de 2024 desperta para a importância de políticas públicas que ampliem os benefícios gerados pela mineração, garantindo que tanto Canaã quanto Parauapebas continuem a crescer e a gerar riqueza para a região. Afinal, enquanto disputam números, ambas compartilham um papel essencial na economia do Pará e do Brasil.