O Tapajós, um dos últimos grandes rios da Amazônia a correr livremente, é o mais recente alvo do governo federal para a instalação de megaprojetos de hidrelétricas – além de hidrovias e outros projetos de infraestrutura. São 43 grandes hidrelétricas (com mais de 30 MW de capacidade instalada) planejadas para ser construídas na bacia do Tapajós. A maior delas, São Luíz do Tapajós, é apontada como prioritária para o governo federal. O impacto socioambiental de grandes hidrelétricas em biomas frágeis como a Amazônia é bem conhecido pelas populações e regiões afetadas e se repete a cada novo projeto.
Entre os impactos já observados podemos incluir o aumento do desmatamento, a redução da biodiversidade, os deslocamentos forçados de comunidades indígenas e tradicionais, além da abertura de estradas ilegais e a invasão de terras indígenas por mineradores, caçadores e madeireiros criminosos. Outras consequências negativas são o aumento populacional urbano sem planejamento, o tráfico de drogas, a prostituição e a escalada da violência. Conclusão: o tão anunciado “progresso” – principal argumento usado para convencer as comunidades locais a aceitarem estes projetos – não foi visto em nenhum dos projetos de grandes hidrelétricas implantados na Amazônia.
Saiba Mais em: www.tapajos.org