Marabá ganha escritório do ICMBio e viveiro de mudas

Foi bastante prestigiada por autoridades, políticos, convidados e defensores do meio ambiente a cerimônia de inauguração do Escritório do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio, neste 16 de dezembro às 8 horas da manhã, em apoio aos moradores às cinco Unidades de Conservações existentes nesta região. Na ocasião, em parceria com a Secretaria Municipal de Agricultura (Sagri) foi inaugurado o Novo Viveiro que terá a capacidade de produção de 1 milhão de mudas e a doação por parte do ICMBio de duas caminhonetes e um caminhão caçamba para atuarem exclusivamente em favor do projeto.

Ao saber da inauguração deste escritório e, confiante de sua atuação organizada e legalizada, me veio a lembrança do funcionamento da Serra das Andorinhas, que, há muito precisa de um cuidado especial. Essa Serra representa um complexo ecológico bem conservado e um forte potencial turístico. Apesar de pertencer ao município de São Geraldo do Araguaia, é raro ver um Guia Turístico impresso que não o associe à cidade de Marabá. A boa notícia é que o ICMBio pretende o uso público do espaço, oferecendo diferentes trilhas para visitação.

O ICMBio tem por missão proteger o patrimônio natural brasileiro e promover a conservação da biodiversidade, através das Unidades de Conservação Federais e da promoção do desenvolvimento socioambiental, da pesquisa, educação ambiental e do fomento ao manejo ecológico. Está ligado ao Ministério do Meio Ambiente e presente em 26 unidades da federação e Distrito Federal, em 310 Unidades de Conservação e 11 Centros de Pesquisa.

O Mosaico de Carajás
O Mosaico de Carajás é formado por áreas dos municípios de Água Azul do Norte, Canaã dos Carajás, Marabá, Parauapebas e São Félix do Xingu. No rol de suas UC´s estão a Floresta Nacional do Tapirapé-Aquiri (FLONATA), Floresta Nacional de Carajás (FLONACA), Floresta Nacional do Itacaiúnas (FLONATA), Área de Proteção Ambiental do Igarapé Gelado (APAIG) e Reserva Biológica do Tapirapé (REBIOTA).

Floresta Nacional do Tapirapé-Aquiri (FLONATA)
Possui área rica em minérios e possui pontos de pesquisa mineral, além da mina de Cobre Salobo
Municípios: Marabá 85% e São Félix do Xingu 15%.
Criação: Decreto 97.720 de 05/05/1989
Tamanho: 196.350,0514 hectares
Perímetro: 323,271 km

Floresta Nacional de Carajás (FLONACA)
Área onde se pratica o extrativismo sustentável do jaborandi por folheiros de Parauapebas.Nesta Floresta são realizadas atividades de pesquisa científica e conservação, por meio de programas de proteção ao Gavião-Real (Harpya) e da Arara Azul. Pretende-se a prática do turismo ecológico e visitação as áreas providas de belezas naturais.
Municípios: Água Azul do Norte, Canaã dos Carajás e Parauapebas
Criação: Decreto 2.486 de 02/02/1998
Tamanho: 393.453,2426 hectares
Perímetro: 388,646 km

Floresta Nacional do Itacaiúnas (FLONATA)
Formada por montanhas ainda coberta por floresta nativa, abriga espécies ameaçadas de extinção como a Arara-Azul grande e a Onça Pintada.
Município: Marabá
Criação: Decreto: 2.480 de 02/02/1998
Tamanho: 54.454,2701 hectares
Perímetro: 181,920 km

Área de Proteção Ambiental do Igarapé Gelado (APAIG)
No interior desta Unidade de Conservação está uma área de preservação intangível denominada Zona de Vida Silvestre medindo 10.150,95 hectares. Constam ainda projetos como a instalação da Estação Conhecimento da Fundação VALE com uma Escola Técnica, até a implantação de incentivos a Sistemas Agroflorestais, fomento a mecanização agrícola, piscicultura, avicultura e apicultura em parceria com a Prefeitura de Parauapebas, VALE, Fundação VALE e COMDCAP.
Município: Parauapebas
Criação: Decreto 97.718 de 05/05/1989
Tamanho: 21.600 hectares
Perímetro: 141.800 metros

Reserva Biológica do Tapirapé (REBIOTA)
É uma Unidade de Conservação de proteção integral do Mosaico de Carajás, permitida apenas pesquisa e educação ambiental. Os processos naturais ocorrem sem interferência humana, mas, em seu interior encontram-se espécies ameaçadas, aumentando a importância e a necessidade de conservação da área.
Municípios: Marabá e São Félix do Xingu
Criação: Decreto 97.719 de 05/05/1989
Tamanho: 103.000 hectares
Perímetro: 280 km e mais 424 km como Zona de Amortecimento
Inauguração do Viveiro da SAGRI

Em atividade conjunta foi inaugurado o novo viveiro da Secretaria Municipal de Agricultura, agora com capacidade para 1 milhão de mudas por ano de 52 espécies nativas da região. Esta grande ação chega com total apoio da mineradora Vale, através do Projeto Salobo em compensação ambiental por devastar uma grande área de mata nativa do município de Marabá. Agora o município tem algo a oferecer aos agricultores interessados em recuperar suas áreas com espécies da região como açaí, cupuaçu, banana e castanha-do-Pará, além de mudas para recompor a vegetação ao longo das margens do rio Itacaiúnas e no espaço urbano.

Agradeço o convite a Sra. Renilde Coordenadora e ao Sr. André Luiz Macedo Vieira Chefe da Floresta Nacional do Tapirapé-Aquiri, ambos do Instituto Chico Mendes de Conservação e Biodiversidade.

 

Fonte: Arnilson Assis

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