Chico Brito: A divisão do Estado do Pará

Desde que se emancipou um rol de municípios (19, salvo engano) em nosso estado, no ano de 1988, a cada 4 anos volta à baila o tema de criação de um estado no sul do Pará, desmembrado deste. Neste ano pré-eleitoral também não seria diferente, por que é um tema que facilmente aglutina, ajunta pessoas em torno dele.

PEGANDO A ONDA
Informamos em rede social que esse movimento nasceu na esteira da onda de criação de municípios em 1988, aproveitando o entusiasmo dos recém emancipados aqui no sudeste, e que essa campanha, a de criação do Estado de Carajás se deu por iniciativa do então deputado estadual Giovani Queirós, do PDT.

COMISSÃO BRANDÃO
Foi o grupo do deputado Giovani Queirós que alavancou o projeto, e que, em Marabá, estruturou a Comissão Brandão, com José Brandão capitaneando a turma naquele município, e que em Parauapebas tinha à frente Márcio Dalferth. Este é o fato pode ser confirmado por todos os moradores mais antigos na região.

AS COMPETÊNCIAS
Rui Vassourinha contestou-me, e quis dar o mérito a Asdrúbal Bentes, então deputado Federal pelo PMDB, postando em rede requerimento assinado por este deputado, o que não contesta nada. Apenas deixa explicado que como deputado estadual Giovani não tinha competência para dar entrada em requerimentos desta natureza.

A CÉSAR O QUE É DE CÉSAR
A competência para esta questão – a divisão, a reformulação, a anexação de estados na União,- é claro, cabe à esfera de Brasília, e logicamente não a Belém. A realidade é que quem engendrou a ideia e colocou a campanha nas ruas foi o deputado estadual, e a cada qual tem que ser creditada a sua participação na História.

CUIDADO COM A HISTÓRIA
Longe de nós querer apagar a participação do deputado marabaense no processo que pleiteia a criação do novo estado, (que era naquela época, como ainda hoje, apenas uma bandeira de campanha eleitoral). Mas é que quando se distorce, a História, hoje, lá adiante mais ela corre o risco de ser completamente deturpada.
MAIS UM ERRO
Outra informação passada e que não é verídica, é a de que Asdrúbal teria participado da emancipação de Parauapebas. (Campanha que, registre-se mais uma vez, iniciei e comandei do início ao fim). Como marabaense e às vésperas de eleição nem se fosse louco ela faria isto. Seria suicídio.

CERTEIRINHA DE ESTUDANTE
O jovem Rui até interpelou-me dizendo que eu preciso ler mais, fazendo-me com isto lembrar os velhos em que ele comandou uma entidade estudantil na nossa cidade, o que me trouxe a tentação de querer pedir-lhe uma daquelas carteirinhas de estudante…. Por que continuo lendo (ou relendo) apenas três ou quatro livros por mês.

MEIAS VERDADES SÃO MAIS LETAIS QUE MENTIRAS
Até para ler é preciso “saber ler”. E mais importante é lembrar que meias verdades fazem mais estragos do que mentiras. Que não tenho interesse algum em tirar o crédito de ninguém. Pelo contrário, o que precisamos é dar a cada um o que lhe é de direito. E que para isto não é preciso negar o mérito de quem quer que seja.

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