O salário mínimo no Brasil é um dos principais indicadores da economia nacional, refletindo diretamente o poder de compra dos trabalhadores e a política econômica do governo. Em 2025, o valor foi reajustado para R$ 1.518,00, representando um aumento de R$ 106,00 em relação ao valor anterior de R$ 1.412,00, vigente em 2024.
Comparação com Anos Anteriores
Nos últimos anos, a política de reajuste do salário mínimo tem seguido um modelo que considera a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e um ganho real limitado entre 0,6% e 2,5%. Abaixo, uma comparação recente:
- 2025: R$ 1.518,00 (+7,5%)
- 2024: R$ 1.412,00 (+6,97%)
- 2023: R$ 1.320,00 (+8,91%)
- 2022: R$ 1.212,00 (+10,18%)
- 2021: R$ 1.100,00 (+5,26%)
- 2020: R$ 1.045,00 (+4,70%)
Nos últimos cinco anos, a média de reajuste foi de aproximadamente 7,5% ao ano, variando conforme a política econômica vigente.
Salário Mínimo e o Poder de Compra
Apesar dos aumentos, o salário mínimo nem sempre acompanha o custo de vida real da população. A inflação dos produtos básicos, como alimentação e moradia, pode corroer parte do ganho proporcionado pelos reajustes. O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) estima que, para suprir as necessidades básicas de uma família brasileira, o salário mínimo ideal deveria ser superior a R$ 6.000,00.
Salário Mínimo nos Países Vizinhos
Para contextualizar o valor do salário mínimo brasileiro em relação aos países vizinhos na América do Sul, apresentamos a seguir os valores vigentes em 2025, convertidos para dólares americanos para facilitar a comparação:
- Argentina: US$ 238,95
- Bolívia: US$ 362,04
- Brasil: US$ 244,70
- Chile: US$ 504,00
- Colômbia: US$ 323,30
- Paraguai: US$ 359,60
- Peru: US$ 301,70
- Uruguai: US$ 505,40
Fonte: Época Negócios
Observa-se que o salário mínimo brasileiro é inferior ao de vários países vizinhos, como Bolívia, Chile, Colômbia, Paraguai, Peru e Uruguai. É importante notar que esses valores não consideram a paridade do poder de compra, ou seja, o custo de vida em cada país, o que pode influenciar significativamente o poder aquisitivo real dos trabalhadores.
Política de Valorização
Desde 2023, o governo retomou uma política de valorização do salário mínimo, garantindo reajustes que incluem não apenas a inflação do ano anterior, mas também um aumento real. O modelo atual tem sido um meio-termo entre garantir o aumento do poder de compra da população e manter a sustentabilidade fiscal do governo.
Perspectivas para os Próximos Anos
A tendência é que o salário mínimo continue sendo reajustado anualmente, seguindo a inflação e um ganho real moderado. O desafio será manter um equilíbrio entre a valorização da renda dos trabalhadores e a responsabilidade fiscal do governo.
O impacto desse aumento se reflete não apenas no bolso dos trabalhadores, mas também no orçamento público, já que diversos benefícios sociais, como o INSS e o seguro-desemprego, estão atrelados ao valor do salário mínimo.
Com a retomada da política de valorização, a expectativa é que o salário mínimo continue aumentando gradativamente, buscando recompor o poder de compra dos brasileiros sem comprometer as contas públicas.
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