O dólar comercial encerrou a sexta-feira (9) cotado a R$ 5,6551, registrando uma leve queda de 0,12% em relação ao fechamento anterior. No acumulado da semana, a moeda norte-americana permaneceu praticamente estável, refletindo a cautela dos investidores diante das negociações comerciais entre Estados Unidos e China e da recente elevação da taxa Selic no Brasil.
Fatores que influenciaram a cotação
O mercado está atento ao encontro entre autoridades dos EUA e da China, previsto para este sábado (10) na Suíça, com o objetivo de discutir tarifas e relações comerciais. O presidente dos EUA, Donald Trump, sinalizou a possibilidade de reduzir a tarifa de 145% sobre produtos chineses para 80%, o que trouxe otimismo cauteloso aos mercados.
No cenário doméstico, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevou a taxa Selic para 14,75% ao ano, o maior patamar desde 2006. A medida visa conter a inflação e atrair investimentos estrangeiros, fortalecendo o real frente ao dólar.
Impacto no mercado financeiro
O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, fechou a sexta-feira em alta de 0,21%, aos 136.511,88 pontos, acumulando um ganho de 1,05% na semana. O desempenho positivo foi impulsionado pelo cenário externo favorável e pela política monetária doméstica mais restritiva.
Perspectivas para os próximos dias
Analistas apontam que a volatilidade no câmbio deve continuar, com os investidores atentos aos desdobramentos das negociações entre EUA e China e aos próximos passos da política monetária dos principais bancos centrais. A expectativa é de que o dólar mantenha-se abaixo de R$ 6,00, desde que não haja novos choques externos ou mudanças significativas no cenário doméstico.