O peso argentino registrou mais um dia de queda nesta terça-feira (4), fechando com desvalorização de 0,75%, sendo cotado a R$ 0,00527. O movimento reforça a pressão sobre a moeda argentina, que enfrenta dificuldades para se estabilizar mesmo com as recentes medidas econômicas do governo.
O mercado cambial argentino segue sob forte monitoramento, especialmente após a implementação de um regime de depreciação controlada, que busca ajustar gradualmente o valor da moeda sem provocar um colapso abrupto no câmbio.
Valor do ARS (Peso Argentino) agora
O Que Está Impactando o Peso Argentino?
Diversos fatores explicam a persistente desvalorização da moeda argentina:
- Inflação ainda elevada: Apesar da desaceleração nas últimas semanas, a inflação na Argentina continua em níveis críticos, corroendo o poder de compra e gerando incerteza no mercado.
- Desvalorização programada do câmbio oficial: O governo mantém uma estratégia de ajustes graduais na taxa de câmbio, permitindo que o peso se desvalorize de forma controlada.
- Fuga de capital e incertezas econômicas: Investidores seguem cautelosos com a situação econômica argentina, o que mantém a demanda por dólares elevada e pressiona a taxa de câmbio.
- Alta do real frente ao dólar: Com o fortalecimento do real nas últimas semanas, o peso argentino acaba perdendo ainda mais valor na comparação com a moeda brasileira.
O Que Esperar Para os Próximos Dias?
O governo argentino tem adotado uma política econômica mais ortodoxa, com ajustes fiscais e contenção de gastos públicos, medidas que visam estabilizar a economia e reduzir a inflação. No entanto, o impacto dessas ações ainda não foi suficiente para reverter a tendência de queda do peso.
Especialistas alertam que, embora o regime de depreciação controlada possa trazer maior previsibilidade ao mercado, a pressão sobre a moeda deve continuar no curto prazo. O peso argentino segue vulnerável a oscilações do mercado externo e às incertezas políticas e econômicas do país.
A expectativa agora recai sobre os próximos indicadores econômicos e as decisões do Banco Central da Argentina, que poderão influenciar os rumos da taxa de câmbio e da economia nos próximos meses.