No Brasil, já são mais de 25,8 milhões de mulheres motoristas no trânsito. E elas seguem ampliando a direção. Em Canaã, 12 mulheres deram partida nessa semana para a conquista de uma nova habilitação: motoristas de veículos truck (caminhão), carretas, bitrens e rodotrens. O combustível para impulsionar essa carreira vem da parceria entre empresas que atuam na região: a Fernandes Amadeu, Sinobras, Transcidades e Vale.
“O objetivo é preparar mulheres para uma atuação com segurança e produtividade na operação de transportes, promover a diversidade e fomentar a mão de obra local para inserção no mercado”, diz a gerente de Relacionamento com Comunidades da Vale, Silvia Cunha.
Entre as 12 mulheres selecionadas para a capacitação está Gislene Nino, 30 anos. Praticamente nascida na cidade, está há 21 anos em Canaã. Já trabalhou como garçonete, doméstica, serviços gerais, agora atua como motorista de ônibus, e é na área de transporte que ela deseja crescer. “Eu sempre gostei dessa área e minha expectativa é me aperfeiçoar nessa área, estou inclusive fazendo uma faculdade de logística, e que aproveitar essa oportunidade que é e mais difícil para mulher, e é muito boa, para gente que trabalha na área e poder crescer ainda mais”, destaca Gislene.
De acordo com o Mapeamento da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet) com base em informações do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), o total de 25,8 milhões de condutoras corresponde a 35% do total de carteiras válidas no país. Entre os anos de 2013 e 2020, o crescimento no número de mulheres motoristas foi de 2,5%. Ainda segundo informações na página na internet da Abramet, o número de mulheres envolvidas em sinistros de trânsito é menor, conforme o Ministério da Saúde,: 82% das vítimas fatais são do gênero masculino.
