Na noite de terça-feira (15), quando o relógio bateu 18h, a Câmara Municipal de Canaã dos Carajás deu início à sua 11ª sessão ordinária. E entre discursos, votações e propostas, o que se desenhou ali foi um retrato das necessidades e dos sonhos de quem vive a cidade no dia a dia.
Foram várias as indicações aprovadas, cada uma apontando para um canto diferente de Canaã: do lago à estrada, da escola ao ponto de ônibus. Pequenas peças de um quebra-cabeça urbano que, com sorte e compromisso, começa a se encaixar.
O vereador Daniel Nunes sugeriu algo simples e necessário: bancos de jardim e placas de incentivo às atividades físicas no lago da prefeitura. É mais do que estética. É pensar em saúde, lazer e convivência. Que o lago seja não só um cartão-postal, mas um convite ao movimento.
Elenjusse Martins apresentou duas indicações que miram diretamente o futuro. A primeira propõe a criação do programa Canaã Olímpica Educação (PRECOE), unindo esporte e formação. A segunda leva o programa “Maria da Penha vai à escola” para dentro das salas de aula, onde se forma o cidadão e onde, desde cedo, se pode combater a violência.
Já Junior Guirelle e Chefinho pensaram em mobilidade e desenvolvimento. Propuseram a construção de uma rodovia que contorne a cidade, ligando a Transcarajás à VS-44 e à PA-160. Uma proposta ousada, sim, mas necessária para uma cidade que cresce a olhos vistos. Guirelle também pediu a implantação de pontos de ônibus em frente aos serviços públicos e a inclusão desses locais na rota do transporte coletivo um gesto de respeito a quem depende do transporte público para viver.
Além das indicações, o plenário aprovou o Projeto de Lei 001/2025, de autoria do vereador Cleido Braz, que autoriza o uso das escolas municipais, nos meses de janeiro e julho, como sedes para eventos das igrejas evangélicas e católica. Um aceno à fé que, assim como a educação, pede espaço para florescer.
A Moção de Apoio 001/2025, proposta por Chefinho e Daniel Nunes, também passou. A Câmara manifestou apoio à ASSEMAE, que contesta judicialmente uma lei estadual sobre água e esgoto.
No fim da sessão, o que ficou foi a sensação de que, aos poucos, o Legislativo vai escutando a cidade. Cada indicação aprovada é uma tentativa de resposta a uma demanda real. E isso, no mundo da política, já é muita coisa.