Custo de produção de minério de ferro cairá para US$ 7,7 por tonelada com o Projeto S11D, diz Vale

O custo de produção de minério de ferro da Vale em Carajás, no Pará, que é de US$ 10,80 por tonelada, cairá para US$ 7,70 por tonelada com o início da operação do Projeto S11D. A afirmação é do diretor-executivo de Ferrosos e Estratégia da Vale, Peter Poppinga, que participou do Vale Day nesta terça-feira (29) em Nova York.

O S11D, maior projeto de minério de ferro da história da Vale, já está em testes e deve fazer o primeiro embarque comercial no início do ano que vem.

Poppinga disse também aos investidores em Nova York que o ponto de break-even da empresa, o ponto de equilíbrio do preço do minério para a Vale, ou seja, valor que separa a atividade lucrativa daquela que gera perdas em pelotas e minério de ferro, caiu 53% desde o quarto trimestre de 2014. Em sua apresentação, o executivo não mencionou qual o valor, em dólares, do break-even da companhia.

O presidente da Vale, Murilo Ferreira, afirmou, durante a apresentação que o minério de ferro de Carajás, que representa 40% da produção da companhia, consegue um prêmio de US$ 10 em relação à referência de mercado, que tem 62% de teor de ferro contido. Em média, o minério de Carajás tem 65% de ferro contido.

Ferreira disse também que desde 2011 a mineradora vendeu quase US$ 13 bilhões em ativos, o que possibilitou à companhia manter a atenção voltada para ativos de classe mundial. Segundo ele, o foco da companhia continua sendo o de ter a dívida líquida entre US$ 15 bilhões e US$ 17 bilhões. “É nosso objetivo anunciar outros desinvestimentos até o fim do ano”, declarou.

No que diz respeito à produção de minério de ferro, Poppinga reafirmou a estimativa de produzir entre 360 milhões de toneladas e 380 milhões de toneladas da commodity no ano que vem. A projeção já havia sido divulgado no relatório de produção da companhia no terceiro trimestre.

De acordo com Poppinga, neste ano, a produção de minério de ferro da companhia deve ficar entre 340 milhões e 350 milhões de toneladas. Ele estimou, ainda, uma produção entre 400 milhões e 420 milhões de toneladas em 2018; 400 milhões a 430 milhões de toneladas em 2019 e entre 400 milhões e 450 milhões de toneladas em 2020 e 2021.

A maior parte do aumento da produção virá do Sistema Norte, no Pará. Neste ano, a produção no Sistema Norte deve atingir 153 milhões de toneladas, passando para 180 milhões de toneladas no ano que vem, 230 milhões de toneladas em 2018, 2019 e 2020. Atualmente, a produção do Sistema Norte está limitada pela capacidade logística da Estrada de Ferro Carajás (EFC).

O diretor-executivo afirmou também que o Ebitda da Vale no minério de ferro vai aumentar de US$ 3 a US$ 5 por tonelada até 2020. Com informações do Valor Econômico.

 

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