Já chegando ao 4° dia do decreto que estabelece a proibição de circulação de pessoas e funcionamento apenas dos serviços essenciais em Canaã dos Carajás, dezenas de comerciantes que se encontram com os estabelecimentos fechados, enviaram uma carta/manifesto ao Ministério Público fazendo reclamações e denúncias contra a medida no município.
O manifesto dos comerciantes inicia enfatizando que “não são contras medidas que possam efetivamente enfrentar a atual situação sanitária do município” mas afirmam que o decreto da forma que foi instaurado, “não terá êxito como desejado”.
Segundo os comerciantes, no manifesto, o funcionamento somente das atividades consideradas essenciais , “não diminuem o fluxo e aglomeração de pessoas na cidade”
Na carta, criticam:
Se observamos, os locais onde sempre há maior aglomerações em todas as cidades são, agências bancárias, lotéricas, feiras livres, hospitais, grandes obras, transporte público, shows artísticos e supermercados. Já em Canaã dos Carajás não é diferente, os principais focos de aglomerações se concentram nas agências bancárias, lotéricas, supermercados e principalmente no projeto da mineradora Vale (projeto S11D). Todos os locais mencionados anteriormente constam no DECRETO MUNICIPAL como exceções ao lockdown, ou seja, serviços essenciais.
Os comerciantes citam que pediram flexibilacão do decreto em uma reunião com a Prefeitura nesta quinta-feira(25). No mesmo dia, o MP, emitiu uma decisão pedindo para que o município não flexibilize o decreto. Citam ainda que várias questões levantadas pelos comerciantes ficaram sem respostas.
Por fim, a carta novamente defende que o foco das aglomerações estão nos comércios decretados como essenciais e não os fechados, além de anexarem fotos e vídeos de flagrante de aglomerações no município:
“uma simples visita ao comércio local, seria de fácil identificação que o grande foco de aglomeração não está nos comércios que hoje se encontram fechados, mas sim, na maioria dos comércios e obras que fazem parte da exceção do DECRETO”
Leia aqui o Manifesto na íntegra.
