Canaã dos Carajás e Parauapebas viram terras férteis para o investimento imobiliário na Amazônia

Com investimentos bilionários, infraestrutura em expansão e PIBs robustos, as cidades paraenses se consolidam como polos estratégicos para investidores imobiliários. Especialista Abimael Brígido analisa o cenário

Canaã dos Carajás e Parauapebas, municípios encravados no sudeste do Pará, estão no centro de uma transformação que tem atraído os olhos do Brasil e do mundo. Na região onde a floresta Amazônica convive com a maior província mineral do planeta, o futuro se desenha com cifras bilionárias, obras estratégicas e um mercado imobiliário em plena ebulição.

O recente anúncio da construção do aeroporto de Canaã dos Carajás e a ampliação do terminal de Carajás em Parauapebas simbolizam essa nova fase. O empresário Luciano Hang esteve recentemente na região, sinalizando o interesse crescente do setor privado em explorar o potencial local. A Vale também anunciou novos investimentos, 70 bilhões no Projeto Novo Carajás, reforçando o papel da mineração como motor econômico, mas já não o único.

“O que vemos hoje é uma virada de chave”, afirma Abimael Brígido, especialista em imóveis, “Canaã desponta como uma cidade de muita qualidade de vida no Brasil, com um PIB que rivaliza com capitais, e Parauapebas começa a se reconfigurar como centro de serviços e de apoio logístico, com características de uma economia pós-mineradora.”

Um ponto de atenção é a escassez de lotes na região. Canaã não possui novos loteamentos, enquanto Parauapebas está prestes a também ficar sem lançamentos. De acordo com Abimael, os municípios entraram na temporada dos ágios, sendo imprescindível investir em compras estratégicas: “agora o jogo mudou. É necessário fazer compras inteligentes, buscar formas de conseguir descontos, ser apto para resolver problemas e não hesitar quando estiver diante de uma boa compra”.

Segundo dados recentes, Canaã dos Carajás figura entre os maiores PIBs per capita do país, impulsionada pelos royalties do minério de ferro e pela presença da mina de S11D, considerada a maior de minério a céu aberto do mundo. A cidade, no entanto, não se contenta em ser apenas um polo extrativista.

“O município tem investido pesado em urbanismo, saneamento, educação e mobilidade. Isso gera uma demanda imobiliária que vai muito além do residencial de alto padrão: há espaço para hotéis executivos, shoppings, galpões logísticos, centros comerciais e até loteamentos planejados com foco em bem-estar”, explica Brígido.

Já Parauapebas, com mais de 250 mil habitantes, está em pleno processo de reinvenção. A cidade começa a se consolidar como uma metrópole regional, atraindo universidades, centros de saúde de referência e grandes redes varejistas.

“É uma cidade que vai muito além do minério. Estamos vendo um movimento parecido com o que aconteceu em lugares como Uberlândia ou Sinop: começou com uma atividade forte, mas se transformou em uma cidade completa. Isso é ótimo para o mercado imobiliário”, afirma o especialista.

A chegada do aeroporto em Canaã e a modernização de Carajás devem acelerar ainda mais o ritmo dos negócios. Para quem investe, isso significa mais valorização, mais demanda por imóveis e maior fluxo de pessoas e empresas.

“O melhor momento para investir é quando tudo ainda está se preparando. Depois que os grandes já chegaram, os preços sobem. O lucro costuma ser garantido na compra e não na venda. Agora ainda é possível comprar bem, com boas margens. Quem entra hoje pode colher frutos nos próximos anos”, conclui Brígido.

Deixe um comentário

Acompanhe as notícias de Investimentos, Criptos e Ações