Canaã dos Carajás de ‘Terra Prometida’ a ‘Terra Perdida’

Apesar do elevado quantitativo de desocupados em Marabá, a situação está menos pior que nos municípios de Canaã dos Carajás e Altamira, duas vítimas de grandes projetos e cujo mercado de trabalho, neste exato momento, respira por aparelhos na UTI, e a cada hora um novo equipamento é desligado (ou melhor, um trabalhador é demitido).

Canaã é o maior exemplo de uma crueldade cantada em verso e prosa bem ao lado, em Parauapebas. No município que tem nome bíblico, a mineradora multinacional Vale implantou o maior projeto da indústria mineral do mundo, o S11D, para produção de minério de ferro. O maior projeto privado também arrebanhou o maior número de empregados e tornou o município o maior gerador de empregos no pico das obras, em 2015, enquanto o país caía em desgraça, com demissões para todo lado. Os empregos da implantação de S11D, desde sempre, eram temporários. Acabaram as obras, rua.

Assim, de maior empregador nacional em 2015 com ressaca do pico das obras até abril de 2016, Canaã, a Terra Prometida, encerrou o ano passado como motivo de opróbrio, na liderança triunfal — e inglória — de “o” grande desempregador. Antes de começar a desempregar, o município já tinha para chamar de seu 6.700 habitantes com mais de 18 anos desocupados.

A coisa é tão séria que, entre janeiro do ano passado e agosto deste ano, Canaã desempregou 11.700 trabalhadores. Se forem esquecidos os meses de ressaca do pico das obras no início do ano passado, o total pula para 13 mil desempregados, desde maio de 2016. E esse inferno astral não tem hora para acabar. Com informações do Meu Parazão.

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