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Nikolas mostra que hoje político precisa saber usar as redes sociais

Reprodução / Instagram

Se, há alguns anos, a política era feita com discursos longos e aplausos nas câmaras, hoje ela se desenha nas telas pequenas, onde cada palavra é uma sentença, cada gesto uma multidão. O que antes tomava dias para ser discutido nas ruas, agora chega a todos em segundos, com a intensidade de um toque na tela. E, no centro dessa revolução digital, surge Nikolas Ferreira (PL-MG), com um vídeo que é, ao mesmo tempo, um grito e uma flecha certeira.

“É hora de entender que, se a gente não parar o Lula, o Lula vai parar o Brasil.” Estas palavras, ditas sem rodeios, ressoaram não apenas nas mentes de quem as ouviu, mas também no eco das plataformas digitais, reverberando a uma velocidade e com uma força jamais imaginadas. O número impressionante de 282 milhões de visualizações não é apenas um dado. Ele é o reflexo da nova política que se constrói — uma política feita de pixels e algoritmos, onde a força de um vídeo pode redirecionar o rumo de uma nação.

O governo, em um movimento quase inevitável, recuou. A medida sobre o Pix foi revogada, não por uma articulação nos corredores do poder, mas por um fenômeno orgânico, uma força que se propaga a partir de um post, que se espalha por feeds e se fixa na mente de quem se vê representado pela mensagem. O que era uma ideia, virou um contraponto, e tudo isso, no entanto, sem a assinatura de um manifesto ou a palavra oficial de um partido. Mas sim, com a energia de uma plataforma social que, ao que parece, já não basta apenas ser o lugar de fotos e memes.

A questão que fica, e que Nikolas sabe bem como tocar, é: até onde o político de hoje precisa se submeter a essa nova ordem? Estamos nós, enquanto sociedade, dispostos a entender que a política não se faz mais nas ruas ou no palácio, mas na palma da mão? O filósofo digital não é mais aquele que se esconde por trás dos livros, mas o que comanda o algoritmo, o que sabe lançar uma palavra-chave e se fazer ecoar em cada canto do país.

Nas redes sociais, a política se torna um jogo de sutilezas e atalhos, onde cada vídeo, cada post, pode ser uma obra-prima da comunicação. E, mais uma vez, Nikolas Ferreira demonstrou, com sua postagem, que a nova política não é feita de discursos, mas de imagens e sentimentos que se conectam instantaneamente com as massas. Ele não pediu aplausos nem discursos; ele apenas usou a linguagem do presente para provocar uma reação — e provocou.

E assim, ao recuar, o governo não apenas cedeu a uma pressão externa. Cedeu à revolução silenciosa da comunicação digital, que transformou a política em um evento que não cabe mais nas gavetas dos gabinetes, mas sim nas telas iluminadas de nossos dispositivos. O futuro da política, portanto, não está em quem fala mais alto, mas em quem consegue se fazer ouvir entre o ruído de milhões de vozes, cada uma tentando se destacar.

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