Mpox: doença é mais letal entre adultos imunossuprimidos, mas crianças continuam em grupo de risco

Varíola do Macaco ou doença do Macaco está causando preocupação na sociedade.

Apesar de causar preocupação entre pais e educadores, os dados recentes mostram que a Mpox (antiga varíola dos macacos) tem registrado mais mortes entre adultos imunossuprimidos, principalmente aqueles com HIV/Aids em estágio avançado e sem tratamento adequado. No entanto, crianças pequenas continuam sendo grupo de risco, devido à vulnerabilidade imunológica natural da faixa etária.

No Brasil, desde os primeiros registros em 2022, a maioria das vítimas fatais da Mpox tem sido homens adultos, com comorbidades graves. Segundo o Ministério da Saúde, não houve registros de óbitos infantis no país durante os surtos mais recentes. Em 2025, o país já contabiliza 373 casos confirmados e 16 mortes, todas entre pacientes adultos.

Especialistas explicam que, embora o risco de morte em crianças saudáveis seja baixo, o agravamento pode ocorrer com rapidez em pacientes com o sistema imunológico comprometido, como recém-nascidos, gestantes, pessoas com câncer ou transplantadas.

“A letalidade da Mpox não está diretamente ligada à idade, mas sim à condição imunológica do paciente”, explicou em nota o infectologista Marcos Tavares, da Fiocruz.

Grupos mais afetados pela forma grave da Mpox:

  • Pessoas com HIV não tratado
  • Imunossuprimidos (transplantados, pacientes com câncer ou em quimioterapia)
  • Crianças menores de 8 anos
  • Gestantes
  • Indivíduos com doenças crônicas descompensadas

Diferença entre variantes

O Brasil registrou recentemente o primeiro caso da variante Clado 1b, mais agressiva e com letalidade estimada de até 10%. Essa cepa, rara fora da África, acende um alerta especial para vigilância em todo o território nacional. A cepa mais comum até então, o Clado IIb, tem letalidade mais baixa, geralmente inferior a 1%.

Prevenção é a principal arma

A Mpox é transmitida por contato direto com lesões de pele, secreções respiratórias e objetos contaminados. O Ministério da Saúde orienta que qualquer pessoa com sintomas como febre, erupções cutâneas, dor de cabeça e fadiga procure imediatamente uma unidade de saúde.

A higiene das mãos, uso de máscaras e o isolamento dos casos suspeitos continuam sendo medidas eficazes de prevenção.

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