Vale muda sistema de gestão para reduzir custos

Novo sistema de gestão da produção de minério de ferro e de manganês foi criado em parceria com a Chemtech. A Vale espera uma economia de mais de US$ 70 milhões com a nova ferramenta até 2020.

A Vale está implantando um novo sistema de gestão da produção nas unidades de minério de ferro e de manganês no Brasil, que substitui outros 17 sistemas que vinham sendo usados. Segundo a empresa, ao todo serão 38 minas, plantas e entrepostos com o novo sistema, chamado de Gestão da Produção Vale – Mineração (GPV-M). A implantação já foi concluída em 20 unidades de Minas Gerais, Maranhão e Pará. Com a iniciativa, a mineradora prevê economizar mais de US$ 70 milhões até 2020.

O GPV-M começou a ser desenvolvido em 2014 pelas áreas de Tecnologia da Informação e Ferrosos em parceria com a Chemtech, uma empresa do Grupo Siemens. A implantação da tecnologia teve início em outubro de 2016. De acordo com a mineradora, ele faz parte da plataforma tecnológica única de gestão do supply chain (cadeia de valor) do negócio de ferrosos, composta por mina, ferrovia e porto, e engloba todo o processo de produção, desde a mina e o beneficiamento até a expedição do produto.
A mudança traz três principais ganhos financeiros, segundo a Vale. O primeiro é a redução do custo de TI com a manutenção e evolução de diferentes sistemas e plataformas, levando a uma economia de US$ 19 milhões até 2020.
O segundo é o custo evitado para o negócio em função da redução de impactos operacionais causados por indisponibilidade do sistema. E, por último, a empresa espera ter ganhos relevantes com maior produtividade de mão de obra e redução de horas improdutivas dos ativos, suportados pela melhor usabilidade do sistema e maior disponibilidade de informações para tomada de decisão. A companhia afirmou que estes ganhos operacionais são estimados em US$ 53 milhões no mesmo período.
O menor tempo de indisponibilidade, em que o sistema fica “fora do ar”, é consequência da tecnologia mais moderna e robusta do GPV-M em relação aos sistemas antigos. Já o aumento de agilidade e a redução de horas improdutivas são obtidos pelo maior nível de integração com sistemas de automação, que fornecem dados de forma imediata e confiável, além de exigir menos trabalho manual, com digitação, por exemplo, e de ser mais intuitivo para os operadores.
Outra grande vantagem da adoção de um sistema único é que ela permite a padronização de conceitos e indicadores nas diferentes unidades da empresa. Toda a expertise operacional dessas unidades será reunida em um banco de dados digital, facilitando a replicação de melhores práticas e o benchmarking interno, tornando o processo de decisão mais dinâmico e competitivo.
“Ao longo dos anos a Vale foi adquirindo várias empresas e cada uma adotava um sistema próprio. Pela primeira vez estamos padronizando todos esses sistemas”, afirma Jonas Chagas, gerente do projeto.
“Agora poderemos comparar de forma mais fácil o desempenho entre nossas unidades, identificando assim pontos de melhoria de processo que permitam um aumento de produtividade”, diz Marcelo Baltar, gerente de Gestão de Informação de Ferrosos.
O GPV-M é capaz de processar 1,2 terabyte de informações em tempo real e atender a mil usuários simultâneos. Desde que começou a ser implantado o sistema já foi utilizado por mil usuários diferentes, com acessos simultâneos de 150 usuários.
Como o sistema é propriedade intelectual da Vale, será possível continuar estendendo a solução e no futuro desenvolver novas funções a partir da análise dos dados gerados e de outras tecnologias.
A implantação do GPV-M está em linha com a política da área de Ferrosos de reduzir custos e otimizar a margem a partir do aumento da produtividade. “O GPV-M é uma das fundações da nossa estratégia digital, cujo objetivo é estabelecer uma plataforma que permita à Vale atingir novos patamares de produtividade, através da combinação de novas tecnologias e processos”, declara Jânio Souza, gerente de Inovação em TI. Com informações da Vale.

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