Vale contrata empresa de ex-secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro

Menos de dois meses depois de deixar a Secretaria estadual de Segurança do Rio, cargo que ocupou por uma década, José Mariano Beltrame tem um novo emprego. A mineradora Vale anunciou a contratação de uma empresa de consultoria gerenciada pelo ex-secretário para prestar serviços na área de segurança tanto no Brasil quanto no exterior.

A confirmação do nome de Beltrame como consultor foi feito por intermédio de um comunicado interno distribuído entre funcionários da Vale. No texto, consta que a empresa de consultoria “apoiará a área de Segurança Corporativa na elaboração de planos táticos” em todas as regiões onde a mineradora mantém operações, além de “auxiliar no relacionamento com autoridades locais de segurança pública” e “contribuir para a construção do Plano Diretor de Segurança”, a partir de visitas a operações da Vale no Brasil e em Moçambique. A mensagem traz ainda uma declaração de Clovis Torres, diretor-executivo de Recursos Humanos, Sustentabilidade, Integridade Corporativa e Consultoria Geral da mineradora:

 “O objetivo de trazer José Mariano Beltrame para trabalhar conosco é auxiliar na atuação preventiva para garantir a segurança e integridade de todos os nossos empregados, prestadores de serviços e visitantes, em linha com os nossos valores ‘A vida em primeiro lugar’ e ‘Agir de Forma Correta’. Devemos também zelar pelo patrimônio da nossa empresa”, afirmou Clovis.O comunicado é encerrado com um breve currículo do ex-secretário de Segurança: “Beltrame é formado em Direito pela Universidade Federal de Santa Maria, em Administração de Empresas e em Administração Pública pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Especializou-se em Inteligência Estratégica na Universidade Salgado de Oliveira e na Escola Superior de Guerra. Fez curso de Inteligência da Secretaria Nacional de Segurança Pública e de Análise de Dados de Inteligência Policial.”

Beltrame assumiu a Secretaria de Segurança do Rio em 2007, no início do primeiro mandato do então governador Sérgio Cabral, e permaneceu no cargo também após a eleição de Pezão como sucessor. A principal bandeira de suas gestão foram as Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), instaladas em dezenas de comunidades. O ex-secretário deixou o posto em meio ao aumentos dos índices de violência a uma grave crise financeira, com atrasos de pagamento para agentes de segurança. Ele foi substituído por um de seus homens fortes, Roberto Sá.

 

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